2011-10-07 16:31:51

COMO ATUA A IGREJA CATÓLICA NO CHIFRE DA ÁFRICA E A SITUAÇÃO ATUAL DA REGIÃO


Cidade do Vaticano, 07 out (RV) – Ao meio dia de hoje, na Sala João Paulo II – Sala de Imprensa da Santa Sé – realizou-se uma Coletiva de Imprensa para informar e atualizar, por parte do Pontifício Conselho Cor Unum junto a alguns dos principais organismos caritativos, sobre a situação e a atuação da Igreja no Chifre da África.

Falaram o Presidente desse Organismo Vaticano, Cardeal Robert Sarah, o Secretário do Cor Unum, Dom Giovanni Pietro Dal Toso, o Bispo de Djibouti e Administrador Apostólico ad nutum Sanctae Sedis de Mogadíscio (Somália), o Secretário Geral da Caritas Internacionalis, Michel Roy, e o Presidente da Catholic Relief Services, Kenneth F. Hackett.

O Cardeal Sarah começou a sua fala ressaltando que esta é uma questão muito cara ao Santo Padre, que desde julho faz apelos pela população atingida pela seca na região, voltando a fazê-lo nesta última quarta-feira durante a Audiência Geral. Em seguida, ressaltou que as Igrejas locais têm forte atuação nessa questão, oferecendo acolhimento e assistência às vítimas, principalmente na Somália, Quênia, Etiópia e Djibouti.

O purpurado informou que o Papa, através do Cor Unum, sustentou esse esforço enviando 400 mil dólares nas primeiras intervenções. Além disso, em diversos países, foram feitas coletas especiais nas igrejas, entre os quais Itália, Alemanha, Suiça, França, Irlanda e outros.

O Presidente do Organismo Vaticano reiterou o compromisso de continuar somando esforços para dar assistência às populações em emergência no Chifre da África e pediu aos fiéis que não esqueçam desses irmãos que estão passando por essas provações. O Cardeal ainda chamou atenção para um problema que será consequência de toda essa catástrofe natural – a seca prolongada e extrema - e humanitária, ou seja, o que acontecerá com todas essas pessoas vagam de campo em campo buscando sobrevivência, sem estudar e sem poder construir nada de concreto para as suas vidas. “Os milhões de desabrigados de hoje – disse – amanhã serão refugiados, clandestinos, despatriados, pessoas sem uma casa, sem uma comunidade. Um geração inteira está correndo risco de ser perdida”.

E aí o purpurado ressaltou a importância da educação como elemento integrador: “onde há escolas, onde há educação, há um futuro possível, haverá um trabalho, se formarão famílias”. E o seu novo apelo foi “esforcemo-nos na construção de escolas – superada essa emergência, devemos investir na formação das pessoas”.

Atualmente são 13 milhões de pessoas no Chifre da África precisando de assistência humanitária urgente. Vamos aos números dessa catástrofe: Somália, 4 milhões de pessoas em uma população de 7 milhões e meio; Etiópia, 4 milhões e meio em uma população de 80 milhões mais 280 mil refugiados; Quénia, 3 milhões 750 mil pessoas em uma população de 40 milhões mais 560 refugiados; Djibouti, 147 mil pessoas do total populacional de 885 mil mais 19 mil refugiados.

A Igreja Católica está presente no Chifre da África com suporte financeiro do Papa através do Cor Unum, de organizações católicas internacionais, coleta internacional de fundos, dioceses locais, Caritas, Manos Unidas, Ordem de Malta, Jesuit Refugee Services, além de Ordens e Congregações religiosas.

E como todas essas Instituições colaboram? Com ajuda alimentar e suplementos nutricionais para crianças, barracas, medicamentos, primeiros socorros, água potável, higiene, saúde, além de assistência médica e psicológica.

Quanto às esperanças para a região, pensa-se que, se as chuvas de outono forem boas, a situação irá melhorar, mas vai precisar de muito tempo para que as famílias desabrigadas sejam realocadas e atendidas, para que os viveiros e as criações de animais sejam recuperadas e para que a agricultura se restabeleça. (ED)








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