Cairo, 06 out (RV) - No Egito, neste delicado período antes das eleições de
novembro e sucessivo à revolução que levou à queda do regime de Hosni Mubarak, prossegue
a fuga de cristãos do país. Segundo algumas fontes, não verificáveis, seriam mais
de 100 mil os coptas que já deixaram o Egito. Sobre as causas desse êxodo, a Rádio
Vaticanoi ouviu, o Bispo de Guizé, Dom Antonios Aziz Mina.
R. - Não temos dados
certos, não há uma estatística. As razões desse fenômeno são muitas, mas o principal
motivo é a insegurança: não sabemos o que vai acontecer depois da revolução. O fenômeno
não se refere somente aos cristãos, mas a todos os egípcios, também os muçulmanos.
No êxodo, vemos que os cristãos são mais numerosos, porque eles têm mais “contatos”
fora do país. Portanto, esta fuga se nota mais entre os cristãos do que entre os muçulmanos.
Devido ao pequeno número de coptas no Egito - que são 10% - cada cristão que deixa
o país deixa um vazio enorme, maior do que aquele dos muçulmanos. (SP)