PAPA: "REZAR PARA O ANJO DA GUARDA NÃO É UMA ATITUDE INFANTIL"
Cidade do Vaticano, 03 out (RV) - Ontem, na festa dos Anjos da Guarda, Bento
XVI ressaltou, na oração do Angelus, que “o Senhor está sempre perto e operante na
história da humanidade e nos acompanha também com a presença de cada um dos seus Anjos
da Guarda”. Sobre as palavras do Papa a esse respeito, a Rádio Vaticano conversou
com o Presidente da Associação Católica Milícia de São Miguel Arcanjo, Pe. Marcello
Stanzione.
Ele relembrou que o Papa, quando ainda era o Cardeal Ratzinger,
em 2 de outubro de 1977, falando sobre os Anjos da Guarda à Rádio da Bavária, sublinhou
que, infelizmente, fala-se pouco ou nada sobre eles. Ratzinger, na ocasião, ressaltou
que falar sobre os anjos significava sentir a presença amorosa de Deus em todo o cosmos
e que não era infantil rezar aos Anjos da Guarda. Ao contrário, teria dito que era
uma das características mais belas da doutrina católica.
Pe. Marcello foi questionado
então sobre como nos confrontarmos com as figuras distorcidas dos anjos representados
em publicidades e em roupas, de modo a tornarmos aos verdadeiros anjos, os que estão
nas Sagradas Escrituras? A isso respondeu que, quando há um período de vazio, de silêncio,
que não se fala mais nesses anjos verdadeiros, abre-se espaço a falsas ideologias
e pseudoreligiões.
O sacerdote explicou que, para os católicos, os anjos “são
sempre referidos a Jesus Cristo, porque foram criados por Deus e têm uma dupla missão:
todos os anjos louvam, rezam, exaltam Deus, e uma pequena parte deles – os Anjos da
Guarda – são enviados para tomar conta dos seres humanos. Relembrando as palavras
de Santo Tomás de Aquino disse: “quando uma pessoa é importante, recebe do rei uma
escolta de cavalheiros; para Deus, somos todos tão importantes, que d’Ele recebemos
a escolta de um Anjo da Guarda”. (ED)