Bispos europeus relançam proposta católica. Papa convida os bispos a encontrarem “novos
caminhos de evangelização”
(30/9/2011) Bento XVI convidou os bispos católicos na Europa a encontrarem “novos
caminhos de evangelização”, em particular junto das novas gerações. Numa mensagem
enviada ao presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), instituição
reunida em Tirana, Albânia, para uma assembleia eletiva na qual Portugal é representado
por D. António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro. O texto foi endereçado através
do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, encorajando os presentes
a “continuarem o trabalho desta estrutura valiosa de ligação entre os episcopados
europeus [CCEE] que, há 40 anos, promove uma valiosa cooperação na atividade pastoral
e ecuménica”. A 22 de novembro vai ser assinalado em Roma o 40.º aniversário da
CCEE (1971-2011), organismo composto pelas 33 conferências episcopais da Europa, representadas
pelos seus presidentes, além dos arcebispos do Luxemburgo, Principado do Mónaco, Chipre
dos Maronitas e o bispo de Chisinau, na Moldávia. O programa da reunião do Conselho
das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que pela primeira vez se realiza na
capital albanesa, começou com a divulgação das respostas a um questionário sobre a
Nova Evangelização enviado aos episcopados nacionais. O relatório foi sintetizado
e comentado pelo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização,
o arcebispo italiano Salvatore Fisichella, e pelo coordenador as missões católicas
citadinas nas capitais europeias, o leigo belga Jean Luc Moens. Moens revelou que
“já foi realizado um trabalho muito importante, sob várias formas”, neste campo, com
grande diversidade nas respostas em função do “contexto particular de cada país e
cada cultura”. “Apesar de todas as diferenças, observamos uma conferência de fundo
sobre a necessidade da nova evangelização”, disse o belga. D. Rino Fisichella,
por seu lado, afirmou que “muitos europeus do nosso tempo pensam saber o que é o cristianismo,
mas não o conhecem realmente”, alertando ainda para a difusão de “várias formas de
agnosticismo e de ateísmo prático”. Neste contexto, o arcebispo convidou a reler
os discursos do Papa, “sobretudo nas suas visitas à Grã-Bretanha, Portugal e Alemanha”.