MANUSCRITOS DO MAR MORTO SÃO PUBLICADOS NA INTERNET
Cidade do Vaticano, 28 set (RV) – Os Manuscritos do Mar Morto já estão disponíveis
para consulta na internet. Escritos entre os séculos III e I, os Manuscritos incluem
o texto bíblico mais antigo de que se tem notícia. Os documentos podem ser encontrados
no site do museu de Israel de Jerusalém, no endereço dss.collections.imj.org.il
O
projeto abre para acesso global e gratuito aos cinco pergaminhos digitalizados dos
manuscritos de 2.000 anos – considerados uma das maiores descobertas arqueológicas
do século passado – ao colocar na rede imagens de alta resolução que são cópias exatas
dos originais.
Segundo o comunicado do Google, as fotografias têm resolução
altíssima de 1.200 megapixels (200 vezes a resolução de uma câmera comum), permitindo
que o usuário visualize todos os detalhes dos documentos.
Os manuscritos estão
disponíveis nas línguas originais – hebraico, aramaico e grego – e, inicialmente,
em tradução para o inglês apenas do manuscrito principal, atribuído a Isaias. A empresa
prevê a tradução para o espanhol e outros idiomas. Também é possível realizar buscas
no texto (no site do manuscrito ou via Google) e deixar comentários ao ler os manuscritos.
No
ano 68 a.C. os textos foram escondidos em 11 cavernas às margens do Mar Morto para
serem protegidos durante a invasão do exército romano. Esses documentos não foram
descobertos novamente até o ano de 1947, quando um pastor beduíno jogou uma pedra
em uma caverna e percebeu que havia algo lá dentro.
Desde 1965, os Manuscritos
são mantidos no escuro, em salas climatizadas do Museu de Israel, em Jerusalém, onde
somente quatro funcionários especialmente treinados têm autorização para manusear
os pergaminhos e papiros. O museu possui oito dos manuscritos, que estão divididos
em 30 mil fragmentos, mas ainda existem outros em poder da Autoridade de Antiguidades
de Israel e colecionadores particulares.
Especialistas queixavam-se há tempos
de que apenas um pequeno número de estudiosos tinham acesso, a cada momento, aos manuscritos.
Cada pesquisador recebia três horas de acesso, e apenas ao fragmento específico que
pediu para ver. (RB)