Moscou, 27 set (RV) – A semana começa em festa para a Igreja na Rússia. Foram
celebrados, nesta segunda-feira, os cem anos de consagração da Catedral da Imaculada
Conceição, em Moscou. O templo foi símbolo da fé cristã durante os anos de ditadura
comunista.
A Missa foi presidida pelo enviado especial do Papa, o Cardeal
Josef Tomko, e concelebrada com numerosos bispos provenientes de diversos países.
O Cardeal recordou a história dessa belíssima catedral - exemplo sublime do estilo
gótico -, cuja tragetória, segundo o purpurado, “é o espelho do percurso da Igreja
na União Soviética”.
“É uma história comovente, de cem anos, mesmo que a Catedral
tenha sido usada somente por 50 anos – disse Dom Tomko. A Missa era celebrada fora,
sobre as escadas, mesmo no Inverno, para que ficasse visível o desejo e o direito
dos fiéis de tê-la”. “Essas são coisas comoventes – completou -, que dizem respeito
à manifestação da fé por parte deste povo. Um povo que expressa a própria fé não só
com a cabeça, mas com o coração”.
A catedral, dedicada a Maria, foi a primeira
igreja católica de Moscou a ser fechada pelos bolcheviques. Foi em 1937, o pároco
foi fuzilado e os fieis perseguidos. 50 anos depois, com a queda do comunismo, foi
preciso esperar até 1999 para a nova consagração da catedral. Desde então, voltou
a ser o coração pulsante da comunidade católica de Moscou.
Sobre as celebrações
desse centenário, o Cardeal ressalta que relembra o passado, mas também ao futuro,
como um sinal de esperança pelo futuro da Igreja no país. (ED)