Brasília, 26 set (RV) – "Uma reforma política profunda" que elimine o voto
secreto dos parlamentares, e "velhas práticas que atrasam a democracia".
Estes
são trechos do documento da CNBB em apoio à campanha contra à corrupção, que começou
no dia da Independência, em Brasília, e que na semana passada ganhou novo fôlego no
Rio de Janeiro.
Manifestações convocadas por meio das redes sociais, sem o
apoio de qualquer partido, chamaram a atenção para os escândalos do governo Dilma
e a demissão de quatro ministros, além de outras polêmicas que agora voltam ao Congresso.
"Vivemos
uma grande preocupação, não somente pela corrupção, mas também pela impunidade", declarou
o Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, em coletiva à imprensa.
Um
dos casos mais recentes que chocou a opinião pública foi o da deputada Jaqueline Roriz,
cujo Congresso aprovou, em votação secreta, a sua permanência na casa após ter sido
flagrada recebendo propina de um outro político.
"A pergunta que me faço, não
como CNBB, mas como cidadão, é se o Congresso teria legitimidade para fazer esta reforma
política ou se deveríamos recorrer à uma Assembleia Constituinte", acrescentou Dom
Steiner. (RB)