Friburgo, 26 set (RV) - “O Papa continua a surpreender: está ótimo, muito feliz
com tudo e todos, de ótimo humor, e sobretudo, superou bem uma programação tão intensa.
Do ponto de vista da saúde, esta viagem foi um verdadeiro sucesso”.
Assim
o afirmaram aos jornalistas, na coletiva de imprensa do último dia de viagem do Pontífice
à Alemanha, o Diretor da Sala de Imprensa e o Presidente da Conferência Episcopal
Alemã, Pe. Federico Lombardi e o Arcebispo Robert Zollisch.
Bento XVI está
certo de que sua mensagem chegou aos jovens alemães – adiantou Pe. Lombardi: “É verdade,
com os jovens houve este momento tão vivaz, e o que mais me surpreendeu no discurso
a eles foi o tema da santidade no caminho, no sentido que não se quer uma perfeição
estável de todos, isto é uma coisa que não faz parte de nossas vidas, mas que haja
a coragem, a alegria de continuar neste caminho, sentindo a grande dignidade da vocação
cristã e sabendo inclusive converter-se ao longo dele, sabendo também superar os erros
e as fraquezas vividas. Pareceu-me uma mensagem muito bonita e encorajadora”.
Alem
de apreciar o apego dos jovens e dos leigos à Igreja, o Papa quis também encorajá-los
a prosseguir, mas aprofundando sua fé e espiritualidade:
“Sim, é esta a mensagem
desta visita do Papa. Está claro nas palavras, no tema ‘Onde estiver Deus há futuro’.
Realmente o Papa veio para reforçar a fé no amanhã e na fé cristã em uma sociedade
secularizada na qual o esquecimento de Deus é cada dia mais comum. A fé em Deus e
em Jesus Cristo não é óbvia, e por isso o fulcro em Deus foi central para o que o
Papa se propôs”.
No almoço de domingo em Friburgo com os bispos da Alemanha,
Bento XVI “os incentivou a continuar na renovação espiritual”. Ele bem sabe que existem
problemas na Igreja alemã – admitiu o Arcebispo Robert Zollisch – mas ele confia em
nós e nos encoraja a prosseguir no caminho empreendido”.
A 3a viagem
de Joseph Ratzinger como Pontífice chegou ao fim com um espírito de ‘missão cumprida’:
o recado foi dado, a Igreja Católica o assimilou e agora deve dar provas de que a
fé que o Papa quer que chegue em todo lugar leve realmente Deus ao centro de nossa
existência. Esta ‘maratona’ de quatro dias, em que os compromissos e escalas se sucediam
em um ritmo mais rápido que o tempo, teria colocado à dura prova a resistência de
um jovem. Aos 84 anos, o Papa alemão suportou tudo com absoluta naturalidade, encontrando
energias até para improvisar, brincar e incluir novos eventos na agenda, como a emocionante
audiência com as vítimas dos abusos de eclesiásticos, para terminar em Erfurt uma
jornada em que viajou duas vezes de avião e duas de helicóptero. Que também este seu
ritmo e vitalidade sejam de exemplo para todas as sociedades estagnadas na cultura
do consumismo e do materialismo e se fortaleçam na fé que dignifica o cristão.