DILMA ROUSSEFF FAZ HISTÓRIA AO ABRIR ASSEMBLEIA DA ONU, DEFENDE BRASIL NO CONSELHO
DE SEGURANÇA E ESTADO PALESTINO
Cidade
do Vaticano, 22 set (RV) – Por tradição, todos os anos, o Brasil abre a Assembleia
Geral da ONU, em Nova Iorque. Mas a 66ª Assembleia das Nações Unidas, iniciada ontem,
ficará marcada na história. Logo no início, a Presidente Dilma foi muito aplaudida,
fato que se repetiu durante os seus posicionamentos mais esperados.
"Pela primeira
vez na história das Nações Unidas uma voz feminina inaugura o debate geral. É a voz
da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna que tem o compromisso de ser
a mais representativa do mundo", disse a presidente.
No discurso que durou
quase meia hora, Dilma Rousseff reiterou a necessidade de reforma no Conselho de Segurança
e disse que o Brasil está pronto para assumir uma cadeira permanente.
"A legitimidade
do próprio Conselho depende cada dia mais de sua reforma. A cada ano que se passa
mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do Conselho de
Segurança. O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente
do Conselho", afirmou.
Ao saudar o novo Estado-membro, o Sudão do Sul, a presidente
deixou clara a posição brasileira em relação à criação do Estado palestino.
"O
Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir
para o seu desenvolvimento soberano, mas lamento ainda não poder saudar dessa tribuna,
o ingresso pleno da Palestina na ONU. O Brasil já reconhece o Estado palestino como
tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas.
Assim como a maioria dos países desta Assembleia, acreditamos que é chegado o tempo
de temos a Palestina aqui representada a pleno título", incitou.
Por fim, Dilma
Rousseff, destacou a prioridade dada às mulheres pelo Secretário-Geral da ONU, Ban
Ki-moon.
"Saúdo em especial a criação da ONU Mulher e sua Diretora-Executiva,
Michelle Bachelet", completou. (RB)