Com a execução de Troy Davis ganha novo fôlego, a luta contra a pena de morte nos
EUA e no Mundo
(22/9/2011) O norte-americano Troy Davis, condenado à morte pelo homicídio de um
polícia em 1989, foi executado com uma injeção letal na Geórgia, Estados Unidos. Na
hora da morte, olhou a família da vítima nos olhos e reiterou a inocência. "Não matei
o vosso pai, filho e irmão", disse. Depois de falar à família da vítima, Troy
Davis pediu aos seus próprios familiares para "manterem a fé" e dirigiu-se, de seguida,
ao pessoal médico que estava prestes a matá-lo. "Que Deus tenha piedade das vossas
almas", acrescentou. Com a morte de Troy Davis, não morre o caso, eivado de dúvidas,
e ganha novo fôlego, a luta contra a pena de morte nos EUA e no Mundo, que acompanhou
o caso de forma intensa. O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, da
Santa Sé, apelara às autoridades da Geórgia, para que não avançassem com a execução
de Troy Davis, “Que o sistema prisional possa, neste caso, salvar uma vida e apostar
na conversão e na transformação do condenado. Isso poderá contribuir para o nascimento
de um sistema que, em vez de eliminar uma vida, favorece a sua reintegração na sociedade”,
sublinhara o cardeal Peter Turkson, em declarações à Rádio Vaticano.