2011-09-21 12:40:03

MEMBROS DA IGREJA DEFENDEM RECONHECIMENTO DO ESTADO PALESTINO


Nova Iorque, 21 set (RV) - Prossegue o debate sobre o reconhecimento do Estado palestino por parte da ONU. O pedido será feito oficialmente pelo Presidente Mahmud Abbas na sexta-feira, 23, perante a Assembleia reunida na sede da instituição, em Nova Iorque.

Membros da Igreja têm se pronunciado a respeito, entre eles o Patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, que se encontra atualmente nos EUA para uma série de visitas pastorais às comunidades árabe-católicas.

Para Dom Twal, uma das chaves para resolver o conflito é a instrução: "É doloroso ver que temos uma nova geração de jovens, israelenses e palestinos, que nasceu e cresceu circundada pela violência. Não queremos mais inocentes sofrendo, não queremos mais ver mães chorarem pelos seus filhos. Queremos que todos na Terra Santa tenham uma vida normal''.

Segundo o Patriarca, necessita-se de mais democracia, mais liberdade de movimento e mais confiança no outro. "Necessitamos dessa confiança para garantir o objetivo de dois Estados independentes. Somos ainda a Igreja do Calvário, mas também a Igreja da esperança" – concluiu Dom Twal.

Já a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal Francesa deu seu apoio à criação de um Estado palestino no respeito dos acordos internacionais. Para a Igreja francesa, esse reconhecimento deve ser acompanhado pelo aval da comunidade internacional, que deverá realmente verificar a coerência entre os princípios enunciados e sua aplicação – o que não foi feito, por exemplo, no caso do muro de separação, construído em 2004, que foi considerado ilegal pela Corte Internacional de Justiça.

Segundo os Bispos da França, o debate representa uma oportunidade histórica para reafirmar o direito à segurança para israelenses e palestinos e a fronteiras seguras e reconhecidas. "Os dois Estados deverão preparar um futuro de paz baseado na justiça, no reconhecimento do outro, sobre o respeito da palavra dada e sobre a rejeição da violência" – lê-se em comunicado da Comissão. (BF)







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