2011-09-21 18:15:49

ANISTIA INTERNACIONAL DENUNCIA NEGLIGÊNCIA EUROPEIA PARA COM REFUGIADOS AFRICANOS


Roma, 21 set (RV) – A Organização Não Governamental Anistia Internacional lança documento denunciando os governos europeus pela negligência em relação aos refugiados africanos. O documento refere-se principalmente aos provenientes da Líbia, por decorrência do conflito no país.

“Os países europeus, vergonhosamente, deixaram de cumprir seu dever de ajudar milhares de refugiados, na maioria africanos, abandonados nas fronteiras com a Líbia”, lê-se no texto. As duras críticas referem-se ao fato de que os países europeus não colaboraram com o assentamento de cinco mil refugiados, os quais estão ao longo das fronteiras da Líbia com o Egito e com a Tunísia.

“Há um abismo entre o sofrimento dos refugiados às portas da Europa e a resposta dada pela União Europeia”, declarou Nicolas Beger, Diretor do Escritório da Anistia Internacional junto às instituições europeias. Disse ainda que foi “uma falha evidente, considerando o fato de que alguns países europeus, tendo participado das operações da Otan no país, tiveram influência no conflito que foi a principal causa do deslocamento forçado dessas pessoas”. E acrescentou: “os ministros do interior da União Europeia devem afrontar urgentemente a questão das alocações dessas pessoas, colocando-a na ‘ordem do dia’ do Conselho de Justiça e Assuntos Internos reunido em 22 de setembro”.

A Anistia recorda que no campo de refugiados de Choucha, na Tunísia, vivem 3.800 refugiados e requerentes de asilo, e que mais outras mil pessoas estão abandonadas na fronteira egípcia de Saloum.

Trata-se de pessoas que não podem voltar à Líbia, onde correm o risco de serem vistas como possíveis mercenários do ditador que governava o país, e nem para os seus países de origem, devido aos conflitos em andamento.

Canadá, Austrália e Estados Unidos expressaram disponibilidade para abrigar alguns dos refugiados. Quanto à União Europeia, tal oferta teria sido feita somente por oito dos 27 países componentes, e abrangendo apenas 700 pessoas. (ED)








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