O dinamismo apostólico de São Paulo, estreitamente unido a Cristo, modelo neste tempo
de nova evangelização: Bento XVI, no Angelus
(18/09/2011) Vivemos numa
época de nova evangelização. Vastos horizontes se abrem ao anúncio do Evangelho, ao
mesmo tempo que regiões de antiga tradição cristã estão chamadas a redescobrir a beleza
da fé. Sublinhou-o Bento XVI, neste domingo, ao meio-dia, em Castelgandolfo, no
tradicional encontro com os fiéis para a recitação do Angelus. Evocando a Leitura
da Carta aos Filipenses, da missa deste dia, o Papa fez notar que São Paulo a escreveu
por volta do ano 50, portanto apenas 20 anos após a morte e ressurreição de Jesus.
O que torna especialmente significativo o hino a Cristo, contido nesta Epístola, que
“apresenta já uma síntese completa do seu mistério: incarnação, kenose (isto é, humilhação
até à morte na cruz), e glorificação”. “Este mesmo mistério – observou Bento XVI –
tornou-se uma só coisa a vida do apóstolo Paulo, que escreve esta Carta quando se
encontra na prisão, aguardando uma sentença de vida ou de morte. Afirma ele: “Para
mim, viver é Cristo, e morrer, um lucro”.
“É um novo sentido da vida,
da existência humana, que consiste na comunhão com Jesus Cristo vivo; não só um personagem
histórico, um mestre de sabedoria, um líder religioso, mas um homem no qual Deus habita
pessoalmente.”
“A sua morte e ressurreição – prosseguiu o Papa -
é a Boa Notícia que, partindo de Jerusalém, está destinada a chegar a todos os homens
e povos, e a transformar a partir de dentro todas as culturas, abrindo-as à verdade
fundamental: Deus é amor, fez-se homem em Jesus e com o seu sacrifício resgatou a
humanidade da escravidão do mal, dando-lhe uma esperança fiável. São Paulo (recordou
ainda Bento XVI) era um homem que sintetizava em si três mundos: judaico, grego e
romano. Não foi por acaso que Deus lhe confiou a missão de levar o Evangelho da Ásia
Menor à Grécia e depois a Roma, lançando uma ponte que iria projetar o Cristianismo
até aos extremos confins da terra.”
“Vivemos hoje numa época de nova
evangelização. Vastos horizontes abrem-se ao anúncio do Evangelho, ao mesmo tempo
que regiões de antiga tradição cristã estão chamadas a redescobrir a beleza da fé
. Protagonistas desta missão são homens e mulheres que, como São Paulo, podem dizer
Para mim, viver é Cristo.”
Já
depois do Angelus, Bento XVI recordou ainda, a beatificação, neste sábado, em Turim,
de Mons. Francesco Paleari, da Sociedade dos Padres de São José Cottolengo. Nascido
em 1863, de uma modesta família do campo, entrou muito jovem no seminário. Logo depois
da ordenação, dedicou-se aos pobres e doentes, na Casa da Divina Providência, juntamente
com a atividade do ensino, distinguindo-se pela sua afabilidade e paciência.
Na
saudação aos peregrinos de língua alemã, o Santo Padre evocou a viagem que está para
realizar à Alemanha, pedindo aos fiéis que o acompanhem com as suas orações.