2011-09-16 20:30:14

REPRESENTANTE VATICANO NA ONU: COMBATER MORTALIDADE DURANTE PARTO SEM PROMOVER ABORTO


Genebra, 16 set (RV) - Reduzir a mortalidade no mundo ligada à gravidez, sem reconhecer o aborto como método de planejamento familiar: foi a recomendação do Observador Permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, falando, nesta quinta-feira, na 18ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos.

É inaceitável o nível de mortalidade, no mundo, no momento do parto. O arcebispo ressaltou isso recordando a Resolução de 2010 e comentando o documento em discussão nestes dias para eliminar todos os casos possíveis.

O representante vaticano reiterou que "devem ser incrementadas a atenção e os recursos" para um fenômeno que define como sendo "um desafio em tema de saúde, de desenvolvimento humano e de direitos humanos".

"Com grande pesar, é preciso reconhecer que foram feitos insuficientes progressos para evitar os 350 mil casos de morte durante a gravidez ou no momento do nascimento. Dom Tomasi alargou para outras emergências o discurso dos riscos para as mulheres: a infibulação feminina, matrimônio para crianças e violências. E ressaltou: "É necessário reiterar, mais uma vez, que toda mulher tem igual dignidade em relação ao homem".

"A mulher – acrescentou – tem um lugar e uma vocação distinta que é complementar, de não menos valor que a do homem." A recomendação do arcebispo foi concreta: passos avante do ponto de vista legal para a promoção da condição da mulher; melhoramento dos sistemas de saúde para uma assistência completa; e sistemas de monitoramento das obrigações dos Estados sobre esses temas.

A Igreja Católica está empenhada no âmbito da saúde, em particular em favor das pessoas que ficam excluídas da assistência assegurada pelos governos, mas também no âmbito educacional, bem como também empenhada na promoção de políticas que protejam tais direitos.

Em seguida, o observador vaticano fez uma distinção, afirmando que a Igreja não partilha a expressão "aborto perigoso", que deixa entender que haja um aborto sadio. "Qualquer aborto destrói a vida humana", reiterou o Arcebispo Tomasi, recordando que na declaração internacional da Conferência ONU de 1984 sobre a população se reconhecia que "jamais é aceitável concebê-lo como método de planejamento familiar."

Portanto, não a programas de promoção da contracepção e do aborto que – explicou –, por exemplo, na África não resolvem as principais causas de morte. (RL)







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