Tóquio, 16 set (RV) - Os missionários e as missionárias em exercício, nas comunidades
e grupos de imigrantes brasileiros no Japão, como ocorrem todos os anos, reuniram-se
em assembleia, na sede da Conferência dos Bispos deste país, de 13 a 15 de setembro.
Num primeiro momento, partilharam as alegrias e dificuldades da caminhada nos últimos
doze meses. Os efeitos da crise econômica mundial, agravados pelos desastres naturais
dos terremotos, tsunami e o temor pela possibilidade da emissão de fortes radiações
nucleares causaram preocupação em todo o país.
Esses acontecimentos mereceram
atenção especial por determinarem o retorno ao Brasil, de muitos colaboradores nas
comunidades e o deslocamento interno de outros à procura de lugares mais seguros.
Em vista disso, evidencia-se a urgência de empreender a formação de novos agentes
de pastoral, equipes de catequistas e evangelizadores.
Fez-se memória das conclusões
da assembleia anterior. A determinação de executar as prioridades estabelecidas sofreu
percalços com o advento dos desastres. Por outro lado foi positiva a atitude de solidariedade
dos estrangeiros que, em geral, são a classe pobre do Japão, de ajudar as vítimas
do tsunami.
Depois de mais de vinte anos do início da vinda de trabalhadores
brasileiros ao Japão, o grupo percebeu a necessidade de despertar e formar lideranças
integradoras com as comunidades tradicionais católicas do país. Por isso os missionários
dedicaram bastante tempo para traçar o perfil dessas lideranças com a intenção de
visualizá-las, dentro dos parâmetros dos princípios cristãos de serviço.
Com
a presença do presidente da Pastoral dos Migrantes, Refugiados e Pessoas em Movimento
da Conferência dos Bispos, o bispo auxiliar de Osaka, decidiu-se criar programas de
formação de lideranças integradoras, em nível nacional, diocesano e paroquial para
ajudar no processo de integração. Missionário Olmes Milani CS