Problemas da solidariedade transformaram-se numa causa maior de quem dirige a sociedade.
D. José Policarpo pede atenção a quem «pode menos»
(14/9/2011) O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou em Fátima que, nos tempos atuais,
“os problemas da solidariedade transformaram-se numa causa maior de quem tem que dirigir
a sociedade”. Quem tem “o dever e obrigação de, em democracia, conduzir os destinos
da nação não pode deixar de ter cada vez mais em conta a especificidade de quem pode,
de quem pode menos e de quem sofre a impotência total do ponto de vista material”,
completou D. José Policarpo, na abertura do 27.º Encontro da Pastoral Social. No
painel sobre «Implicações do amor político», Alfredo Teixeira, do Centro de Estudos
de Religiões e Culturas da Universidade Católica Portuguesa, realçou que é fundamental
“reinventar uma forma de cidadania diferente que não dispense uma atitude crente”
e acrescenta: “Mergulhar no mundo, mas numa atitude crente”. A decorrer em Fátima,
no Seminário do Verbo Divino, até esta quinta feira a iniciativa é promovida pela
Comissão Episcopal da Pastoral Social e subordinada ao tema: «Desenvolvimento local,
caridade global». A caridade é a forma “mais eficaz de anúncio”, frisou D. José
Policarpo. Apesar da igreja ser “muitas vezes atacada pela sua moral e incompreendida
nos dogmas da sua fé, todos estão de acordo com esta proximidade, com esta relação
entre solidariedade e a aventura da caridade”, concluiu o presidente da Conferência
Episcopal Portuguesa.