2011-09-14 16:00:24

Diálogo inter-religioso é a única alternativa para a paz. Mensagem final do encontro promovido em Munique pela Comunidade de Santo Egídio


(14/9/2011) Um apelo pelo diálogo inter-religioso e pela paz marcou o final do encontro internacional ‘Destinados a viver juntos. Religiões e culturas em diálogo’, promovido pela Comunidade de Santo Egídio, em Munique, esta terça-feira.
“Não há futuro na guerra, não há alternativa ao diálogo. O diálogo é uma arma simples, ao dispor de todos”, indica o documento, lido no encerramento desta iniciativa, que reuniu representantes de várias religiões e da sociedade civil, procurando reviver o “espírito de Assis”, quando vários líderes religiosos se reuniram na cidade de São Francisco, a 27 de outubro de 1986, por iniciativa de João Paulo II (1920-2005).
Os participantes pedem que os responsáveis internacionais procurem “globalizar a justiça” e classificam a opção pelo diálogo como a “arma mais inteligente e pacífica”.
“O mundo tem necessidade de mais esperança e de mais paz. Podemos aprender novamente a viver não uns contra os outros, mas uns com os outros”, dizem os líderes religiosos.
Nos três dias de encontro foram recordados os “mártires da fé católica” do século XX, os quais, segundo dados apresentados D. Mark Stenger, bispo católico de Troyes e presidente da Pax Christi França, representam “dois terços” dos 4 milhões de mortos cristãos assassinados por causa da sua religião.
No campo de concentração nazi de Dachau, o cardeal Roger Etchegaray presidiu a uma cerimónia em memória das vítimas da perseguição do regime de Hitler.
Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, encontrou-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, à qual disse que o mundo “tem necessidade de uma Europa forte e unida”.
A comunidade católica de Santo Egídio com sede em Roma, tem promovido, ao longo dos últimos 25 anos, uma “peregrinação de diálogo e de paz” em várias cidades europeias e do Mediterrâneo, incluindo Lisboa, em 2000.
A edição de 2012 vai ter lugar em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, no 20.º aniversário do cerco da cidade, que ao longo de quatro anos terá custado a vida a mais de 12 mil pessoas.








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