Roma, 13 set (RV) - A Caritas continua levando ajuda à Somália apesar das dificuldades
que sofre esse país, como outros territórios da região chamada Chifre da África, devido
à seca e à fome, que aumentaram o número de refugiados.
Suzanna Tkalec, da
Catholic Relief Services e assistente do presidente da Caritas na Somália, Dom Giorgio
Bertin, Bispo de Djibuti e Administrador Apostólico de Mogadiscio, encontra-se em
Djibuti para realizar uma avaliação sobre a situação dos refugiados somalis recebidos
pelo país.
“Nossas operações em Mogadíscio encontram vários obstáculos, mas
fazemos todo o possível para levá-las adiante. Em outras áreas a situação é mais fácil”,
assinala Tkalec à agência vaticana Fides.
Do mesmo modo, Tkalec indica que
o número de somalis refugiados em Djibuti cresceu de 8 mil a 18 mil, recebidos no
campo de Ali Addeh.
“Para descongestionar o acampamento de Ali Addeh, o governo
de Djibuti tem a intenção de reabrir o acampamento de refugiados de Holl Holl, fechado
em 2006”, indica a responsável pela Caritas.
Os refugiados se dividem entre
Etiópia, Djibuti e Quênia, embora a maioria de somalis esteja no Quênia. Enquanto
uma parte dos refugiados na Etiópia está retornando à Somália.
Segundo um relatório
atualizado da Unidade de Análise para a Segurança nutricional da ONU, “quatro milhões
de pessoas sofrem a fome na Somália, com 750 mil em risco de morrer durante os próximos
4 meses, em ausência de uma resposta adequada”, além disso, “na região são dezenas
de milhares as vítimas pela fome, e mais da metade são crianças”.
“Na região
de Bay, no sul da Somália, o nível de desnutrição é agudo e as taxas de mortalidade
superaram o limiar da fome”, sublinha o relatório.
A crise é mais aguda no
centro e sul da Somália, enquanto na Somalilandia e Puntlandia (norte da região central
com as administrações autonômicas) a preocupação é menor porque as organizações de
ajuda podem operar de forma mais segura que no resto do país. (SP)