2011-09-07 20:24:52

FALHA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DO HAITI PREJUDICA MULHERES E MENINAS


Porto Príncipe, 07 set (RV) – Poucas melhoras nas condições de vida dos haitianos um ano e meio após o terremoto que causou destruições gigantescas na Ilha caribenha. Quando falamos em sistema de saúde pública, então, os avanços são menores ainda e as mais prejudicadas são as mulheres e as adolescentes.

O setor recebeu menos da metade dos 258 milhões de dólares previstos, o que vem a agravar a situação da Ilha, onde 60% dos hospitais encontram-se nas zonas atingidas pelo desastre natural.

Segundo relatório da Organização Internacional Human Rights Watch, as informações de base sobre os locais de assistência médica gratuita não são muito esclarecedoras, e pouco chegam à população. Muitas pessoas não têm dinheiro para pagar o transporte público até os postos de atendimento, outras temem deixar os campos onde moram por falta de segurança. Mulheres dão à luz sem assistência médica e o número de gravidez indesejadas tem aumentado rapidamente, muitas vezes fruto de estupros.

Esse, aliás, é um crime muito freqüente nesse contexto, do qual as principais vítimas são mulheres e meninas. Recentemente o escândalo da violação coletiva contra uma haitiana de 18 anos cometido por um grupo de soldados das Nações Unidas, que deveriam estar ali para proteger a população.

Hoje teve-se a notícia de que o comandante da Missão de Estabilização no Haiti, Minustah, general Luiz Ramos, anunciou a repatriação dos cinco soldados uruguaios que cometeram o crime. Em 48 horas eles deverão estar de volta ao Uruguai.

Em entrevista à Rádio ONU, a porta-voz da Minustah, Eliane Nabaa, disse que as acusações também estão sendo investigadas pelo Ministério da Defesa do Uruguai. Ela afirmou que, se as alegações forem verdadeiras, os autores deverão ser levados à justiça.

Ainda de acordo com o general Luiz Ramos, a ONU tem trabalhado no país com um contingente de 9 mil homens. Segundo ele, o comportamento dos cinco soldados não representa a conduta de toda a Missão no país.

As tropas de paz da ONU no Haiti são lideradas pelo Brasil desde 2004. (ED)








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