PATRIARCAS ORTODOXOS FAZEM APELO EM FAVOR DA CONVIVÊNCIA PACÍFICA ENTRE FIÉIS DAS
DIFERENTES TRADIÇÕES RELIGIOSAS
Istambul, 06 set (RV) - "Apelamos aos líderes políticos e religiosos do Oriente
Médio e do mundo inteiro a fim de que promovam princípios e compromissos em favor
da coexistência pacífica entre os fiéis das diferentes tradições religiosas, expressando
toda a nossa solidariedade a todos aqueles que são vítimas de discriminações, violências
e perseguições."
Concluiu-se com uma forte mensagem em favor da reconciliação
dos povos no Oriente Médio o encontro dos Patriarcas dos mais antigos Patriarcados
ortodoxos (Alexandria, Antioquia e Jerusalém) e da Igreja de Chipre.
O encontro,
promovido em Istambul, na Turquia, pelo Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu
I, foi essencialmente centralizado na situação dos cristãos no Oriente Médio e no
futuro deles.
Encontravam-se presentes o Patriarca de Alexandria do Egito,
Theodoros; o Patriarca de Jerusalém, Theophilos; e o Arcebispo de Chipre, Chrysostomos.
O próprio Patriarca Bartolomeu I, ao abrir os trabalhos, expressara a sua "preocupação
com os eventos políticos que estão se verificando no Oriente Médio e com o seu impacto
na vida dos cristãos que vivem naquela região".
Na mensagem, os patriarcas
recordam as "profundas raízes" da Igreja de Cristo na região do Oriente Médio. Os
patriarcas descrevem a difícil situação em que vivem os cristãos na região: são tratados
– lê-se na mensagem – "como cidadãos de segunda classe"; "seus lugares de culto são
profanados ou destruídos"; a atividade religiosa e educacional "é comumente limitada".
"Somando-se
a tudo isso, registram-se assaltos e violências sangrentas contra os cristãos perpetradas
por parte de grupos religiosos extremistas."
Embora não queira interferir na
esfera política, os patriarcas acrescentam: "A Igreja não pode ficar indiferente diante
desses problemas e dos princípios fundamentais, antropológicos e sociológicos, especialmente
quando esses problemas ameaçam ou colocam em risco a dignidade e a liberdade das pessoas
enquanto imagem de Deus". (RL)