Busan, 31 ago (RV) – Concluiu-se, nos últimos dias, o 10º Congresso internacional
sobre HIV/AIDS na Ásia e no Pacífico, do qual emergiu um relatório com a atualização
da situação nessa porção do Planeta. E daí se trouxe uma boa e uma má notícia. A boa
é que, desde 2001, os novos contágios diminuíram em 20%. A má é que, entre os soropositivos
para o vírus, aumentou o número de toxicodependentes.
Segundo levantamentos,
no Paquistão, a prevalência de casos de contaminação dobrou entre os usuários de drogas
injetáveis, passando de 11% em 2005 para 22% em 2008. Em Bangladesh, em 2000, 1,4%
dos toxicodependentes eram portadores da doença, em 2007 esse número já havia aumentado
para 7%.
Nas Filipinas, onde o risco deveria ser menor devido ao fato de que
o país está fora do mercado principal de heroína, está sendo também registrado um
rápido crescimento da epidemia nesse grupo. Na Província de Cebu, por exemplo, entre
2009 e 2011, passou-se de 0,6% a 53%.
A Índia, e aí deve-se considerar o seu
enorme volume populacional, registra, atualmente, 50% dos casos de HIV em toda a Ásia,
com dois milhões e 400 mil pessoas contagiadas. Em 2009, foram registradas mais 140
mil novas infecções. 39% do total de contágios corresponde à população feminina, na
maioria das vezes tendo sido contagiadas pelos seus companheiros. 320 mil pessoas
fazem tratamento com antirretrovirais. (ED)