Cidade do Vaticano, 29 ago (RV) – Na última quinta-feira, a Igreja Maria Mãe,
de rito católico-malankarese, em Secundrabad, no Estado indiano de Andra Pradesh,
foi incendiada. O altar, a cruz, a Bíblia, os paramentos sacros e até mesmo os livros
dos cantos e o sistema de difusão de áudio, tudo ficou destruído. Nada foi poupado
pela fúria das chamas, provocadas por desconhecidos. Este não foi o primeiro ataque
à igreja que, quatro anos atrás, foi alvo dos extremistas hindus.
A situação
dos lugares de culto cristão não é melhor em outros Estados da Confederação indiana.
No Karnataka, por exemplo, que é governado pelo partido nacionalista de hindu Bharatiya
Janata, prossegue a rispidez das autoridades que obrigam os centros de oração cristãos
a fazerem um registro junto à polícia e a apresentar relatórios detalhados sobre as
atividades, em evidente contraste com as normas de um país laico, como revelou mais
de uma vez o Conselho Global dos Cristãos Indianos.
Por fim, com o pretexto
de fornecer proteção, as forças policiais convidaram há alguns meses os pastores da
região, com exceção dos sacerdotes católicos, a especificar o número de missionários
e o total de ajuda econômica recebido: determinação anulada depois que os fiéis protestaram.
(RB)