2011-08-26 17:33:16

ISRAEL-GAZA: JIHAD ISLÂMICA ANUNCIA TRÉGUA UNILATERAL


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Cidade do Vaticano, 26 ago (RV) – As facções da Jihad islâmica da Faixa de Gaza anunciaram um cessar-fogo unilateral a partir da meia-noite desta sexta-feira. A aceitação da trégua por parte dos grupos da Jihad e do Hamas teria sido conseguida por meio da junta militar que comanda o Egito desde março. Entretanto, para o exército israelense o alerta ainda é alto e os militares de Israel estão prontos a retomar os bombardeios na Faixa de Gaza caso os ataques voltem acontecer. Sobre as razões que levaram o Hamas a proclamar a trégua, a Rádio Vaticano conversou com Antonio Ferrari, enviado especial à região em conflito do jornal Corriere della Sera.

“É o resultado de um alarme: seja para o Egito, seja para o Hamas. De fato se recordarmos o recente atentado em Eliat, com os extremistas que vieram do Monte Sinai, uma área que até pouco tempo estava desmilitarizada, poderemos encontrar uma possível explicação: o Egito – que hoje vive uma realidade um pouco mais confusa de quando Mubarak estava no poder – agora governado por um junta militar, que deve preparar o país para as eleições, não pode tolerar o forte deterioramento da crise palestino-israelense. Por outro lado, o Hamas deve confirmar sua posição central a respeito aos grupos da Jihad, propondo o cessar-fogo unilateral”.

Apesar dos conflitos, os palestinos continuam elaborando o projeto que será apresentado às Nações Unidas solicitando o reconhecimento como Estado. No Conselho de Segurança, a China disse não se opor ao eventual desenvolvimento do Estado palestino.

“Não se opor é uma coisa, votar a favor é uma outra. Provavelmente a China não deve ser opor e poderia também votar a favor, mas a China é somente um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. Eu creio que as pressões, outra vez, cairão sobre os próprios palestinos. Abu Mazen já declarou mais de uma vez: ‘quero resultados, porque se não tenho resultados é claro e evidente que terei pouca legitimidade diante do meu povo e isso justamente no momento em que estão sendo reconstruídas as bases para um acordo entre a Autoridade Nacional Palestina (Anp), os laicos e os fundamentalistas’. Se não existe qualquer resultado é claro que o risco ou a possibilidade de proceder com a autoproclamação é forte”. (RB)








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