São Paulo, 24 ago (RV) - Terminaram segunda-feira os protestos contra a Usina
Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu. As manifestações começaram no sábado (20)
em mais de quinze cidades em todo o Brasil e o último dia foi marcado por novos protestos
diante das embaixadas e consulados brasileiros em 20 cidades de 16 países com movimentos
contrários à construção da hidrelétrica.
Em todo o mundo pessoas se reuniram
para protestar contra a construção da hidrelétrica na Alemanha, Austrália, Estados
Unidos, Canadá, Portugal, México, França, Holanda, Inglaterra, Escócia, País de Gales,
Taiwan, Turquia e muitos outros.
Planejado desde o fim da década de 1970, o
projeto obteve licença ambiental e o governo brasileiro realizou licitação para a
obra. Desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na administração
da atual presidente Dilma Rousseff, a hidrelétrica é considerada fundamental para
atender a demanda de energia elétrica crescente no país.
Na luta contra a construção
da usina hidrelétrica de Belo Monte há mais de trinta anos, Dom Erwin Krautler, bispo
do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), luta há anos para
levar o debate à sociedade e aos governos.
Sua maior preocupação é o impacto
da obra sobre povos indígenas, comunidades ribeirinhas, população que já vive sob
ausência do Estado e também sobre a Amazônia. (CM)