Panamá, 24 ago (RV) - A missão Jesus Obrero de Tolé, no Panamá, foi fundada
em 1969 pelos Agostinianos da Província Madrilenha, e hoje é administrada pelo Vicariato
de Panamá. Tolé é um distrito situado quase na periferia da região indígena conhecida
como Comarca Ngobe Buglé, um dos sete territórios indígenas do Panamá, que com seus
123 mil habitantes reúne 65,6% da população indígena total do país.
A missão
abrange seja o interior do distrito, habitado principalmente por agricultores, como
o interior da Comarca, onde vivem os indígenas. Com a finalidade de estabelecer um
contato mais estreito com estes, os Agostinianos fundaram uma segunda comunidade nas
montanhas, na aldeia central de “Llano Nopo”, onde os missionários acolhem os jovens
oferecendo-lhes a possibilidade de estudar e de se formar.
A missão de Tolé
se encontra em uma das áreas mais pobres do Estado do Panamá, numa região de montanha
bastante inacessível, atravessada por rios com grande volume de águas (um dos padres
morreu afogado na tentativa de atravessar o rio Tabasarà nadando, para ir a um encontro
pastoral), onde a população indígena vive mantendo seus próprios costumes, tradições
e crenças.
Muitas atividades são realizadas dentro da missão, como informa
o noticiário interativo OSA. Em primeiro lugar, a formação dos adultos, que consiste
na orientação ampla da pessoa, incluindo o âmbito espiritual e teológico. Para as
crianças e os jovens, são organizados encontros orientados por catequistas e animadores
de canto, que através deste método, aproximando os menores aos valores evangélicos.
O território da missão é dividido em várias áreas, cada uma das quais com
um certo número de comunidades eclesiais de base. Os Agostinianos as visitam periodicamente
para a celebração da Missa, a administração dos sacramentos e outras atividades religiosas.
Infelizmente, o território é muito vasto e remoto, tanto que em algumas comunidades,
os missionários conseguem chegar apenas uma vez por ano.
Uma parte importante
do trabalho é representada pela realização de projetos e obras de caráter social:
construção de pontes, canalização das águas, construção de escolas e capelas, projetos
agrícolas e zootécnicos, promoção da mulher, apoio às famílias. O trabalho dos missionários
Agostinianos em Tolé produziu nestes anos também muitos frutos espirituais, com o
florescer de numerosas vocações nativas. (SP)