2011-08-22 20:21:37

MENSAGEM DO PAPA AO ENCONTRO DE RIMINI: CRISTO É A ESPERANÇA QUE NÃO DECEPCIONA


Cidade do Vaticano, 22 ago (RV) - Cristo ressuscitado é o fundamento último e definitivo da existência, a certeza da nossa esperança, e os cristãos de hoje, mais do que nunca, são chamados a testemunhá-Lo. Esse é o coração da mensagem, assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que o Papa enviou aos participantes do 32º Encontro para Amizade entre os Povos, em andamento em Rimini – Centro-Norte da Itália.

"E a existência torna-se uma imensa certeza": o tema escolhido pelo encontro suscita interrogações profundas, das quais partem os pensamentos que o Papa confia aos muitos que desde este domingo lotam o Auditorium principal da Feira, com os votos de que – afirma o Papa – sejam pontos de reflexão para a semana inteira.

Em primeiro lugar: o que é a existência? A resposta está na etimologia latina, "ex-sistere", explica o Pontífice: ou seja, ser estruturalmente dependente, querido por alguém, para o qual – quase inconscientemente – se tende.

E se se tem consciência dessa dimensão fundamental do homem, se tem também a certeza com a qual enfrentar a existência: disse Bento XVI recordando Pe. Luigi Giussani, fundador de "Comunhão e Libertação", movimento promotor do encontro.

Mas não basta o reconhecimento da própria origem para poder experimentar a positividade da existência, para incidir na história e amadurecer na personalidade; é necessário entrar – prossegue o Santo Padre – no amor de quem nos quis, na sua proximidade e na certeza da meta de bem à qual o homem é chamado.

Eis o coração desse encontro. O homem não pode viver sem uma certeza sobre o próprio destino. E, então, qual é a esperança que não decepciona? É Cristo ressuscitado.

N'Ele o destino do homem foi tirado da nebulosidade que o circundava, n'Ele o Pai revelou o futuro positivo que nos aguarda, n'Ele a existência torna-se uma história de salvação em que toda circunstância está relacionada com a eternidade – afirma o Pontífice.

Sem essa consciência, corre-se o risco de se cair no sensacionalismo das emoções ou do desespero, numa árdua busca de novidades passageiras e ilusórias, recorda Bento XVI, acrescentando que os dramas do século passado demonstraram que quando vacila a certeza da fé e da esperança cristã, o homem esvai-se e torna-se vítima do poder, e começa a pedir a vida a quem não pode dá-la.

Diante desse cenário, o apelo final dirige-se a nós cristãos de hoje, mais do que nunca chamados a dar razão da esperança, a testemunhar no mundo aquele Algo mais sem o qual tudo permanece incompreensível. (RL)







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