Tradição e modernidade na Via-sacra desta sexta feira na JMJ de Madrid; vai rezar-se
pelos jovens e vítimas de aborto, terrorismo e catástrofes naturais
(19/8/2011) A via-sacra da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcada para esta
sexta feira em Madrid, vai recordar os sofrimentos dos jovens causados pela guerra,
conflitos, perseguições devidas à fé, marginalidade e toxicodependência. Os passos
da também chamada “via crucis” evocarão igualmente “as vítimas do aborto, terrorismo
e catástrofes naturais”, refere o caderno litúrgico desta devoção presidida pelo Papa
Bento XVI, com a presença de milhares de fiéis esperados pela organização. Acompanhada
por archotes, a Cruz dos Peregrinos, símbolo da JMJ, será carregada por dez jovens
de várias procedências, que vão lembrar e atualizar o sofrimento de Jesus nas últimas
horas da sua vida terrena com a ajuda de meditações redigidas pela congregação das
Irmãs da Cruz, de Sevilha. Cada uma das etapas dispostas ao longo do Paseo de Recoletos,
no centro da capital espanhola, vai ser sublinhada por uma escultura da Semana Santa
espanhola, conjunto de “valor histórico, artístico e devocional incalculável” e revelador
de uma “religiosidade popular plurissecular”. Eduardo Delgado e Miriam Garcia,
os arquitetos que desenharam o enquadramento do percurso devocional, foram chamados
a harmonizar a “linguagem contemporânea” com “a tradição cultural” das 15 imagens,
algumas das quais do século XVII, juntando ainda as particularidades de cada uma das
12 regiões de origem das peças. Os autores construíram 15 estruturas provisórias
“muito simples”, em vermelho e branco – as cores da JMJ – que pretendem ser “um pano
de fundo” que contribua para “ressaltar o valor de cada talha”, e ao mesmo tempo protegê-la
do sol, calor e, eventualmente, da chuva.