Dinamismo solidário nacional permanente para combater a crise
(19/8/2011) A Caritas Portuguesa defendeu hoje que a crise económica e social só
poderá ser combatida através de um “dinamismo solidário nacional permanente, a partir
da base local até aos centros de decisão política”. “Deste modo se poderá tomar
consciência gradual da totalidade dos problemas, bem como das insuficiências de solução,
e adotar as medidas, mais provisórias ou definitivas, que sejam possíveis”, realçou
o presidente daquele organismo da Igreja Católica, em comunicado enviado à Agência
ECCLESIA. O apelo de Eugénio Fonseca surge no seguimento de uma análise ao primeiro
ano de aplicação do Fundo Social Solidário, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa
para combater as situações de maior carência no país. Um projeto que, de acordo
com os dados avançados pela Caritas, tem sido prejudicado sobretudo pela falta de
informação e de ligação entre os diversos agentes sociais. É que apesar de já se
ter dispendido cerca de 323 mil euros, para atenuar necessidades básicas relacionadas
com rendas, luz, água, medicamentos ou a criação de emprego, “o número de pessoas
(3.159) e famílias (1.384) abrangidas é muito reduzido”. Para dotar o fundo de
maior eficácia, o líder da Caritas recomendou o envolvimento total das forças vivas
da sociedade, lembrando as “parcerias” públicas e privadas que se podem estabelecer.