2011-08-16 11:49:22

IGREJA NA GUATEMALA: 'NÃO' AO VOTO NULO


Cidade da Guatemala, 16 ago (RV) - A Igreja Católica da Guatemala condenou o pedido feito pela ex-primeira-dama Sandra Torres, impossibilitada pela Justiça de concorrer à Presidência, para que seus seguidores votem nulo nas eleições que serão realizadas em setembro.

O arcebispo metropolitano, Dom Oscar Vian Morales, declarou-se contra a postura de Torres, pois, segundo ele, ela incentiva seus correligionários a ter uma atitude “negativa”.

“Não podemos dizer publicamente para não votarem. O voto nulo não é correto, é antipatriótico, anticidadão; o voto deve ser secreto e deve ser defendido" - disse o sacerdote durante a missa dominical na catedral da capital, Cidade da Guatemala.

Ele pediu que a sociedade guatemalteca reflita sobre sua escolha eleitoral, informe-se e eleja os cargos públicos de forma consciente, afirmando que esta é a chave para fortalecer a democracia.
O prelado pediu que os presentes não se deixem enganar por jingles e brindes, como no passado, mas que analisem as propostas e os planos de governo dos candidatos.

A Corte de Constitucionalidade da Guatemala confirmou na última terça-feira o impedimento da candidatura da ex-primeira-dama. O tribunal decidiu que, "de acordo com o artigo 186 da Constituição da República", fica proibido que qualquer familiar do presidente se candidate ao cargo de chefe de Estado.

O divórcio entre Torres e o atual presidente da Guatemala, Álvaro Colom, em abril deste ano, abriu espaço para especulações de que teria sido apenas motivado por razões políticas, já que a separação possibilitava que ela fosse candidata à sucessão do marido.

Por meio do divórcio, ela superaria o impedimento constitucional que proíbe que parentes do presidente em até quatro graus de distância se candidatem.

As eleições, que serão realizadas no próximo mês, decidirão os próximos presidente, vice-presidente, 158 deputados, 333 prefeitos e 20 deputados do Parlamento Centro-americano. (ANSA)








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