2011-08-12 11:49:37

EL SALVADOR: BISPOS PREOCUPADOS COM A CRISE ECONÔMICA


San Salvador, 12 ago (RV) - Os bispos de El Salvador expressaram preocupação pelo efeito que a crise da dívida dos Estados Unidos pode ter sobre a economia do país centro-americano. “Preocupa-nos muito esta situação, que não é nova e já se soma a uma crise econômico-financeira global”, disse o Arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas. O prelado lembrou que a agência Standard & Poor (S & P) decidiu na sexta-feira passada de rebaixar o “rating” dos Estados Unidos. Pela primeira vez na história, Washington perde o tríplice A, o símbolo de garantia absoluta, e desce ao nível de AA mais. El Salvador - disse o arcebispo - é parceiro comercial dos EUA. Esta crise - afirmou - pode tornar-se “uma ocasião para tentar superar as muitas dificuldades que a economia de El Salvador está passando”.

A economia de El Salvador – recorda o jornal L'Osservatore Romano - está ligada ao dólar desde 2001 e depende das contribuições dos Estados Unidos. Contribuições que, no primeiro semestre deste ano atingiu 1,8 bilhões de dólares, 4,3% a mais em relação ao mesmo período de 2010. De acordo com o arcebispo de San Salvador, a situação atual deve levar a uma “profunda reflexão” sobre o sistema econômico-financeiro do país para procurar ulteriores, eficazes medidas em particular na área de desenvolvimento.

Dom José Luis Escobar Alas entre as problemáticas mais preocupantes indica o “permanente fenômeno do desemprego e das formas antigas e novas de pobreza”, a poluição ambiental, trama perversa entre interesses econômicos e decisões políticas e também a indução artificial de necessidades e modos de vida que corrompem o comum patrimônio cultural e ético.

É necessário, então - observou o arcebispo - que os fenômenos negativos sejam objetos de uma pontual e vibrante denúncia para chamar a atenção e agitar a consciência coletiva e daqueles que têm responsabilidades específicas. O arcebispo pediu que todos tomem “consciência da importância de progredir de modo autônomo, independente”, para não “ficar inativos e prostrados” se o país tivesse que ficar sem ajudas externas das quais necessita. (SP)








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