Pariacoto, 10 ago (RV) – Ontem, 9 de agosto, celebrou-se o 20º aniversário
dos mártires do Peru. De fato, no dia 9 de agosto de 1991, Frei Michal Tomaszek e
Frei Zbigniew Strzalkowski, frades menores conventuais foram assassinados pelo grupo
“Sendero Luminoso”. Os dois missionários trabalhavam com grande entusiasmo, fortes
na fé e repletos de amor nos Andes, no Peru. Dedicaram-se ao difícil dever de tomar
conta da paróquia de Pariacoto, além de trabalhar em várias aldeias. Os dois religiosos
deixaram, em todos os lugares por onde passaram, a recordação de seu ‘ser franciscano’:
humildade, pobreza, doçura, capacidade de se comprometer com o bem, tenacidade na
vida comunitária.
Em 9 de agosto de 1991, um comando de “ventos guerrilheiros”
membros da organização revolucionária “Sendero Luminoso” entrou na aldeia, ocupou
o convento e usando armas, sequestrou os freis Michal e Zbigniew. Em seguida, após
um processo sumário, os dois missionários foram mortos nos campos nas proximidades
do local que eles mesmos chamavam “São Damião”, onde frequentemente iam rezar.
No
dia 5 de junho de 1995, quarto aniversário de sua morte, um ano antes do período previsto
pela legislação da época (5 anos após a morte de um Servo de Deus), começou o processo
para sua beatificação.
Uma nota enviada à Agência Fides afirma que o local
do martírio e os túmulos tornaram-se meta de peregrinações. Realizam-se assim as palavras
de Jesus Cristo: “se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas
se morrer, dá muito fruto" (Jo2, 24) (SP)