2011-08-10 11:44:52

COLÔMBIA: LÍDERES RELIGIOSOS REAFIRMAM O NÃO AO ABORTO


Cidade do Vaticano, 10 ago (RV) - Um apelo em defesa da vida e contra a introdução de normas mais permissivas em matéria de aborto foi assinado pelos líderes das comunidades cristãs na Colômbia. É o que refere o jornal L'Osservatore Romano citando uma declaração, assinada entre outros pelo Secretário-Geral da Conferência Episcopal da Colômbia e bispo auxiliar de Bucaramanga, Dom Juan Vicente Córdoba Villota e que afirma “o propósito comum de promover a justiça e a paz na sociedade, sem discriminação e de promover eficazmente os verdadeiros direitos de todos os colombianos, especialmente das pessoas mais vulneráveis”.

Paralelamente ao documento, assinado por representantes das comunidades católica, ortodoxa, anglicana, metodista e evangélica foram recolhidas cinco milhões de assinaturas, a fim de propor uma emenda à Constituição colombiana que explicite a proibição de “todas as possibilidades de aborto e de eutanásia”.

Uma iniciativa que se define “multipartidária e multirreligiosa”, e que visa “o respeito pela vida”, e que “não se coloca, como alguns dizem, em uma posição contrária às mulheres”. A vida, - lê-se no apelo -, “é certamente um dom de Deus, mas é também um valor que está no coração de cada homem e de cada mulher, crente ou não crente. Este valor foi estabelecido pelo artigo 11 da nossa Constituição, tornando-se o primeiro dos direitos fundamentais a ser tutelado”.

As comunidades religiosas “trabalham permanentemente em favor das mulheres colombianas, pela sua dignidade e seus direitos”, e o aborto “não é um direito ou uma conquista social, mas é o fracasso definitivo das políticas públicas em favor das mulheres e da família”. “Nós pedimos para as mulheres, - lê-se ainda - o apoio social para combater a pobreza e a falta de oportunidades de integração social: situações que levam ao aborto”.

Na Colômbia, mais de 30 milhões de pessoas vivem na pobreza e todos os anos se registram mais de 400 mil abortos, principalmente entre as adolescentes. O apelo dos líderes cristãos se conclui com um convite “a todas aquelas mulheres que, por várias razões, estão considerando a interrupção voluntária da gravidez”, para que busquem apoio “nas nossas comunidades, onde podem encontrar ajuda espiritual, afeto e apoio”.

A Conferência Episcopal da Colômbia convidou ainda o Ministério da Proteção Social a promover campanhas “para ajudar as mulheres a enfrentarem a gravidez de modo mais positivo, sem sacrificar a nova vida que se gera em seu ventre”. “A tutela da vida”, acrescentam os bispos, “é o teste de qualquer democracia, é a sua prova de fogo. Uma pessoa democrática deve ser o maior e mais entusiasta defensor daqueles que não podem se defender, dos mais fracos, seja que se trate da mulher vítima de abusos, seja de crianças ainda não nascidas, mas não de um contra o outro”. (SP)







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