HÁ 66 ANOS, UMA BOMBA ATÔMICA MARCAVA PARA SEMPRE A HISTÓRIA DE UMA NAÇÃO
Genebra, 06 ago (RV) – Hoje, 06 de agosto, é uma data que não pode passar em
branco para o mundo. É o aniversário de 66 anos do bombardeio atômico estadunidense
sobre Hiroshima, no Japão. Era o ano de 1945, no contexto da Segunda Grande Guerra.
Três dias depois, 09 de agosto, portanto, outra bomba atômica foi lançada, dessa vez
sobre Nagasaki. As conseqüências são sofridas pelo povo japonês ainda hoje.
Por
isso, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) difundiu uma declaração para relembrar a
data. E lê-se na mensagem que “a cada agosto, com pesar mas também com esperança,
nosso pensamento vai àqueles que sofreram com esses bombardeamentos”. O documento,
aliás, intitula-se “Não Podemos Viver com tais Perigos”, em clara referência à energia
atômica.
“Certamente – continua a nota – o memorial mais bonito que se poderia
fazer para o meio milhão de vítimas de Hiroshima e Nagasaki seria o de eliminar as
armas nucleares enquanto ainda vivem os sobreviventes daquele episódio”.
O
Conselho Mundial de Igrejas expressou apressamento pelo acordo assinado entre Estados
Unidos e Rússia, no ano passado, segundo o qual ambos comprometeram-se em diminuir
gradativamente o seu arsenal atômico. Contudo, o CMI lembra que, mesmo em meio a crise,
enormes somas têm sido aplicadas para modernizar o arsenal atômicos de vários países.
Encerra-se o documento com as palavras do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I:
“A nossa situação atual é sem precedentes na história, pois nunca antes foi possível
para o ser humano eliminar tantas pessoas ao mesmo tempo e também grandes proporções
do planeta”.
E lê-se, por fim, ainda retomando as palavras o Patriarca: “Estamos
diante de circunstâncias completamente novas, as quais exigem um empenho radical pela
paz. Como Igrejas, não podemos aceitar ameaças dessa magnitude, e como membros da
família humana, não podemos permitir que perigos tão grandes fiquem sem resposta”.
(ED)