2011-08-04 18:19:22

IGREJA CELEBRA O "CURA D'ARS": SANTO PORQUE APAIXONADO POR CRISTO, DIZ O PAPA


Cidade do Vaticano, 04 ago (RV) - A Igreja celebra nesta quinta-feira, 04 de agosto, a memória litúrgica de São João Maria Vianney, padroeiro do clero. Por isso mesmo, celebra-se também, nesta data, o "Dia do Padre".

Um luminoso exemplo de sacerdote, reiteradas vezes evocado por Bento XVI em seus discursos e catequeses. A ele o Pontífice dedicou o "Ano Sacerdotal", por ocasião dos 150 de morte do Santo Cura D'Ars – de seu "nascimento para o céu" –, indicando-o como modelo para todos os sacerdotes do mundo.

Aproveitamos esta data para repropor algumas reflexões do Papa sobre o Santo francês.

Aos 17 anos era, ainda, analfabeto. Morreu com fama de santidade. De fato, ao falecer (em 1859) o povo de Deus chamou-o imediatamente de Santo. Assim, após mais de um século e meio de seu retorno à Casa do Pai, São João Maria Vianney é, ainda, um exemplo a ser imitado por todo sacerdote.

Mas, afinal, o que tornou tão extraordinária a existência desse simples pároco de aldeia, de um pequeno povoado do Sul da França? O Papa não tem dúvidas: a sua amizade com o Senhor.

"Aquilo que tornou santo o Cura D'Ars foi o ser apaixonado por Cristo. O verdadeiro segredo de seu bom êxito pastoral foi o amor que tinha pelo Mistério eucarístico anunciado, celebrado e vivido e que se tornou amor pelas ovelhas de Cristo, pelas pessoas que buscam Deus." (Audiência Geral, 5 de agosto de 2009)

Num tempo marcado pelo racionalismo, no período difícil da França pós-revolucionária, este humilde sacerdote conquistou milhares de almas para Cristo – recorda o Pontífice. Conseguiu isso, não por suas qualidades humanas, mas graças a seu conformar-se ao Bom Pastor, a ponto de dar a vida por suas ovelhas:

"A sua existência foi uma catequese viva, que adquiria uma eficácia particularíssima quando as pessoas viam-no celebrar a missa, deter-se em oração diante do Tabernáculo ou transcorrer muitas horas no confessionário... reconhecia na prática do Sacramento da penitência o lógico e natural cumprimento do apostolado sacerdotal." (Audiência Geral, 5 de agosto de 2009)

"Não é o pecador que retorna a Deus para pedir-lhe perdão – costumava dizer o Cura D'Ars –, é Deus que corre atrás do pecador e o faz voltar para Ele." Anunciar com alegria a beleza do Evangelho, tornar presente a Palavra de Deus no mundo: essa – reitera o Papa – foi a missão portada a cumprimento por são João Maria Vianney, mesmo em meio a mil e uma dificuldades:

"Ele era homem de grande sabedoria e de heróica força ao resistir às pressões culturais e sociais de seu tempo para poder conduzir as almas a Deus: simplicidade, fidelidade e prontidão eram as características essenciais da sua pregação, transparência da sua fé, da sua santidade. O Povo cristão se sentia edificado e, como acontece com os autênticos mestres de cada tempo, reconhecia nele a luz da Verdade." (Audiência Geral, 14 de abril de 2010)

"Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus – dizia São João Maria Vianney –, é o maior tesouro que o bom Deus possa dar a uma paróquia, e um dos dons mais preciosos da divina misericórdia." Os sacerdotes imitem o Cura D'Ars cultivando, dia após dia, "uma íntima comunhão pessoal com Cristo" – foi a exortação que Bento XVI repetiu durante o Ano a eles dedicado. Somente assim poderemos tocar o coração das pessoas e "abri-lo ao amor misericordioso do Senhor".

"A exemplo do Santo Cura D'Ars, deixem-se conquistar por Cristo e serão também vocês, no mundo de hoje, mensageiros de esperança, de reconciliação e de paz." (Audiência Geral, 31 de março de 2010) (RL)







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