POLÊMICA EM NOVA IORQUE POR CAUSA DA CRUZ DO WORLD TRADE CENTER
Cidade do Vaticano, 03 ago (RV) - “A cruz é símbolo de consolação e conforto
para aqueles que perderam seus entes queridos, mas também esperança e apoio aos sobreviventes,
especialmente para aqueles que estiveram envolvidos nos socorros, para os bombeiros,
para os policiais e para os trabalhadores comprometidos na reconstrução e para muitos
outros”. Dessa maneira, Padre Brian Jordan, franciscano, responde às denúncias apresentadas
pela associação que promove os direitos dos ateus nos Estados Unidos, a “American
Atheist”, contra a World Trade Center Cross, a cruz alta seis metros que a comunidade
cristã de Nova Iorque deseja transferir ao National September 11 Memorial and Museum
a partir do próximo ano. A Cruz “promove a cristianismo acima de outras religiões”,
enquanto o “11 de setembro não tem nada a ver com o cristianismo”; essa a motivação
da denúncia, de acordo com o presidente da Associação dos Ateus, Dave Silverman.
Enquanto
isso, no entanto, informou o jornal L'Osservatore Romano, milhares de pessoas param
diante da cruz para um momento de oração ou de recolhimento, e em sua defesa se posicionou
também a organização cristã Centro Americana para o Direito e a Justiça, que atua
em favor da liberdade religiosa no mundo, segundo a qual a questão de um ponto de
vista legal, “é profundamente falha e sem mérito”.
O presidente do Museu, Joe
Daniels, interveio dizendo que a Cruz “representará uma parte importante do compromisso
de contar a história de 11 de Setembro como ninguém poderia fazê-lo”. A norma que
segundo os ateus seria violada estaria contida em uma lei de direitos civis em vigor
em Nova Iorque e também constituiria uma violação da Constituição dos Estados Unidos:
o museu sendo construído com recursos públicos, não pode hospedar o símbolo de uma
só religião. (SP)