São José do Rio Preto, 03 ago (RV) - Na história concreta de existência das
pessoas, um dado fundamental que as identifica é o seu estado natural de vida, a escolha
que cada uma faz e assume na expectativa da felicidade. Dizemos e chamamos a isto
de vocação, ou realização pessoal. Nem sempre podemos dizer que uma profissão seja
propriamente uma vocação. Muitas pessoas realizam aquilo que não coincide com o que
gostariam de fazer. Seria uma vocação errada, ou falta de oportunidade para exercer
realmente o que gostaria? Na verdade, fazemos bem alguma coisa quando temos vocação
para tal. Vocação tem a ver com a intensidade com que fazemos algo e a felicidade
que daí podemos conseguir. Portanto, a medida da vocação está na amplitude da felicidade
vivenciada. O termo “vocação” vem da palavra latina “vocare”, que quer dizer chamar.
No contexto cristão dizemos que o vocacionado é uma pessoa que sentiu em si a vontade
de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta
de ação e vida. Não é difícil ver quem realmente é vocacionado. As suas ações são
fecundas e benéficas para os outros. Ele põe vida no que faz e se identifica com sua
ação. Caminha firme, sem medo e sem vacilar, porque está seguro da própria identidade
e missão. No mês de agosto destacamos alguns tipos de vocações, todas elas identificadas
com algum trabalho dedicado ao povo. Falamos da vocação sacerdotal, vocação dos pais,
dos religiosos e religiosas, dos leigos e leigas cristãos, entre eles, os catequistas. São
muitos os vocacionados na sociedade, cada um dentro de seus objetivos de vida concreta
e com oportunidade de fazer o bem na construção de um mundo melhor e mais saudável
para todos. Importa colocar essas qualidades naturais para render e dar frutos. Essa
identidade de vida deve ser descoberta por cada pessoa. Além da descoberta, é uma
escolha que supõe muita atenção, principalmente na adolescência e juventude. Havendo
um erro, ele pode ser prejudicial e trazer consequências indesejáveis, prejudicando
e dificultando um futuro feliz. Dom Paulo Mendes Peixoto Bispo de São José do
Rio Preto.