2011-08-03 11:56:44

A RECORDAÇÃO DE SÃO JUSTINO DE JACOBIS


Roma, 03 ago (RV) – “Esta terra foi fecundada pelo heróico testemunho de vida de São Justino De Jacobis” – recordou o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Dom Fernando Filoni, na homilia da Missa conclusiva do ciclo de celebrações dos 150º aniversário de morte de São Justino De Jacobis, organizadas pela Diocese de Melfi-Rapolla-Venosa, celebradas domingo, 31 de julho, na Igreja de San Fele, cidade natal do Santo.

“Era justo – destacou Dom Filoni – comemorar a exemplar figura de missionário de São Justino que, como o Servo de Deus Papa Paulo VI disse em 26 de outubro por ocasião de sua canonização, “teve como único defeito ter sido pouco conhecido”.

O Prefeito da “Propaganda Fide” ilustrou um perfil biográfico do Santo, destacando que depois de ir à Etiópia respondendo a um apelo lançado por Propaganda Fide, o religioso lazarista começou a amar o povo Abissino, sua cultura e suas tradições. “Dedicou-se integralmente ao estudo do ghe'ez, língua litúrgica indispensável para compreender textos sagrados da antiga tradição teológica etíope”.

Dez anos depois do início de sua missão na Etiópia, São Justino se tornou Vigário Apostólico da Abissínia e foi ordenado Bispo pelo Cardeal Guglielmo Massaia. Em sua atividade pastoral, como recordou Dom Filoni, “além de realizar um seminário para o clero nativo, São Justino criou muitas estruturas missionárias. À evangelização das cidades, preferiu a de áreas rurais e remotas do país, habitadas pelos mais pobres e humildes”.

O Prefeito Filoni recordou também “o estilo de vida missionária e itinerante” do santo, que ia com sua pequena tenda de uma aldeia para outra, e as duras provas às quais foi submetido após a perseguição do Negus Teodoro II (“Padece a fome, sede e até o cárcere”).

As celebrações pelos 150 anos da morte do Santo Evangelizador da Etiópia se realizaram enquanto se verifica o drama dos povos etíopes e de outros países do Chifre da África (de modo especial, na Somália). “A indigência continua a bater às portas da história” – ressaltou Dom Filoni. “Nestas últimas semanas o Santo Padre Bento XVI repetiu várias vezes, recordando que quase 12 milhões de africanos correm o risco de morrer por causa da penúria e da seca que atingem o Chifre da África. Justamente aquela terra amada por São Justino De Jacobis à qual se uniu para sempre”. (SP)







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