Nairóbi, 02 ago (RV) - A dramática situação que está atingindo os países do
Chifre da África (Somália, Etiópia, Eritréia, Djibuti e Quênia) mobilizou várias organizações
humanitárias, como a Caritas de todo o mundo. A situação mais dramática é a dos somalis
que fogem da penúria e da guerra que castiga seu país. Os dois maiores campos de acolhida
somalis são Dadaab, no Quênia, e Dollo Ado, na Etiópia.
A Agência Fides conversou
telefonicamente com Suzanna Tkalec, do Catholic Relief Services (CRS), que assiste
Dom Giorgio Bertin, Bispo de Djibuti e Administrador Apostólico de Mogadíscio, como
Presidente da Caritas Somália na gestão da emergência dos refugiados somalis.
“Estamos
trabalhando em Dadaab, campo de refugiados que se encontra no Quênia, a 80 km da fronteira
com a Somália” – diz à Fides Tkalec. “Neste campo chegam, em média, 2.500 pessoas
por dia, 80% delas mães com crianças pequenas”. “Mais do que um acampamento para refugiados,
Dadaab é um aglomerado de vários campos” – explica a responsável do Catholic Relief
Services. “Nesta estrutura oferecemos assistência sanitária, água e alimentos”.
Em relação à Somália, a sra. Tkalec recorda que “por razões de segurança, decidiu-se
não propagandear as atividades das organizações humanitárias que atuam no país”. “O
que se pode dizer é que as diversas Caritas enviam ajudas à Somália através de parceiros
locais”.
A penúria atinge também as populações do Quênia e da Etiópia. “No
Quênia - diz a responsável do CRS - várias Caritas nacionais trabalham há anos com
as Dioceses e as Caritas locais em projetos de assistência. Tais organizações iniciaram
programas com seus parceiros locais para enfrentar a emergência penúria e principalmente,
para fornecer água e alimento”. (SP)