2011-07-30 14:14:41

Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, em Fátima, apelos em favor da valorização da dimensão comunitária nas celebrações da Igreja Católica.


(30/7/2011) Terminou esta sexta feira em Fátima 37.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, no qual quatro especialistas portugueses deixaram apelos em favor da valorização da dimensão comunitária nas celebrações da Igreja Católica.
O bispo nomeado de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, afirmou na sua intervenção que a liturgia “requer uma comunidade, um povo que se reúne”.
Para este consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos), “a liturgia prolonga para cada comunidade celebrante, cada comunidade que se reúne para celebrar o mistério de Cristo, toda a história de salvação que Deus começou com o seu povo e que hoje continua na sua Igreja”.
O termo liturgia designa, de forma genérica, os vários momentos de culto promovidos pela Igreja Católica, como a celebração da missa e dos sacramentos, a recitação do chamado ofício divino, bênçãos e outros.
O cónego Luís Manuel Pereira da Silva, do patriarcado de Lisboa, falou da “liturgia como lugar por excelência da oração cristã”, enquanto celebração da morte e ressurreição de Jesus, um “acontecimento incontornável”.
Este especialista definiu a liturgia como “um diálogo da comunidade” com Deus, sublinhando a dimensão “humana e cósmica” das celebrações.
O padre Pedro Lourenço, também do patriarcado de Lisboa, alertou para o facto de a liturgia ter deixado “de ser alimento ou fonte de espiritualidade”, frisando que “a espiritualidade litúrgica não deve ser reduzida à dimensão subjetiva e intimista”.
Já o cónego João da Silva Peixoto, professor na UCP e membro do clero do Porto, frisou o “caráter orante da celebração litúrgica”, apontando o dedo aos “equívocos no conceito de participação” que prejudicaram essa dimensão.
Este responsável lamentou ainda o “excesso de palavras” na missa - passagem sublinhada com as palmas dos participantes -, apelando a uma prioridade à “ordem do agir”, que passa por “celebrar, sem didatismos deslocados, interferências ruidosas, na linguagem sábia do rito”.
Este encontro nacional, foi dedicado ao tema ‘Liturgia – A Igreja em oração’, tendo contado com 1100 inscritos.








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