2011-07-30 14:19:18

Crise alimentar no Corno de África vai continuar


(30/7/2011 A crise alimentar no Corno de África vai continuar até ao final do ano e para a enfrentar é necessário mais dinheiro.. Num relatório a agência da ONU que coordena a ajuda humanitária, a OCHA, sublinha que na Somália a fome vai piorar e que o envio de alimentos tem que continuar.
Segundo a ONU, nos meses de Agosto e Setembro é provável que faltem alimentos nos campos de refugiados. “As zonas identificadas como de maior risco nos próximos seis meses são o Sul e o Centro da Somália, o Sul e o Leste da Etiópia e os campos de refugiados no Djibuti, Quénia e Etiópia”.
Etiópia e Quénia, prossegue a OCHA, deverão começar a sair do alerta vermelho perto do fim do ano. Na Somália — cujo Centro e Sul está debaixo do controlo da al-Shabab, organização islamista ligada à Al-Qaeda — não existe esse momento de recuperação devido aos “elevadíssimos níveis de subnutrição, às péssimas condições para o pastoreio e às colheitas, que estão muito abaixo do considerado normal”.
O dramatismo que se vive na Somália — a al-Shabab não permite a entrada de ajuda humanitária nos territórios que controla — tem desviado os olhares dos outros países do Corno de África afectados pela fome. No Quénia, têm-se registado lutas violentas entre tribos fronteiriças (quenianas e somalis) e clãs da mesma tribo pela posse dos poucos recursos. No Nordeste do Quénia, habitado pelos turkana (nómadas pastores que dão nome à sua região), a Reuters dá conta de tiroteios iniciados devido ao roubo (ou tentativa de roubo) do gado ainda vivo.
A maior parte dos turkana não usa moeda nem faz troca de produtos, alimentando-se de leite, sangue dos animais e frutos selvagens.








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