Tegucigalpa, 27 jul (RV) – “Agradeço profundamente os sacerdotes de minha diocese
porque conseguem realizar sua missão numa situação particularmente difícil como essa”
– diz Dom Luis Solé Fa, bispo de Trujillo in Honduras.
O bispo está muito
preocupado pelo clima de violência que acomete o povoado de Bajo Aguán, onde há um
conflito entre membros de organizações camponesas e milícias de proprietários das
terras. A causa da disputa é a questão da divisão das terras cultiváveis, com base
nos princípios da reforma agrária.
Em seu relato, publicado pelo “L’Osservatore
Romano”, o bispo de Trujillo conta que os sacerdotes admitidos nas plantações para
celebrar a missa de domingo podem apenas administrar os sacramentos, e sempre sob
a vigilância de guardas armados.
Para Dom Luis, o clima é alimentado principalmente
pela grande difusão de armas, distribuídas por organizações de narcotraficantes: “Aqui,
os fuzis e as armas mais temerárias fazem parte do dia a dia. Por isso, nós, membros
da Igreja local, temos que ter uma conduta inspirada na prudência, pois nosso dever
de religiosos é não nos exasperarmos e tentar favorecer o diálogo, de todas as formas”.
(CM)