Vieux-Marché, 26 jul (RV) – Domingo, 24, esta pequena cidade francesa foi palco
de um evento inter-religioso que se realiza há quase 60 anos: a peregrinação islâmico-cristã.
Na
capela dos Sete Santos de Éfeso, celebrou-se uma missa com a presença de representantes
da comunidade muçulmana. Milhares de fiéis católicos acompanharam a celebração nos
arredores da capela.
A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Lyon, Dom
Philippe Barbarin, que centrou sua homilia no tema da misericórdia, palavra-chave
para o diálogo entre muçulmanos, judeus e cristãos:
“Por que a palavra misericórdia
desertou os lábios dos católicos?” – perguntou o cardeal. “Por que a utilizamos tão
pouco? Por que temos medo de usá-la? Surpreende-me, já que consta em toda parte da
Bíblia; seria um conceito maravilhoso para o diálogo inter-religioso”.
Dom
Philippe recordou que a misericórdia é também o grande legado deixado por João Paulo
II, e citou as palavras do falecido papa:
“Misericordioso não é só um adjetivo
que podemos atribuir a Deus. A Misericórdia não é só uma das qualidades de Deus, que
é também criador, poderoso... A Misericórdia é realmente seu nome”. (CM)