FAO: PROGRAMAS DE EMERGÊNCIA PARA EVITAR CATÁSTROFE HUMANITÁRIA NO CHIFRE DA ÁFRICA.
Cidade
do Vaticano, 25 jul (RV) - A reunião de emergência convocada pela França, que
atualmente preside o G20, em vistas à crise vivida pela população no Chifre da África
foi realizada nesta segunda-feira, em Roma. A maior parte dos 191 países-membros da
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a FAO, estiveram
presentes.
Ficou decidido que devem ser implementados imediatamente dois programas:
um para evitar a iminente catástrofe humanitária e outro para construir um plano de
longo prazo para a segurança alimentar na região.
Durante a coletiva à imprensa,
foi perguntado sobre a morosidade das autoridades internacionais, que teriam esperado
o agravamento da crise no Chifre da África para marcar uma reunião. A resposta também
veio da diretora-executiva do WFP. Disse que a seca foi prevista há um ano, junto
com a FAO e que desde então o trabalho já havia sido iniciado.
"Nos últimos
oito meses, o Programa Mundial de Alimentação arrecadou 500 mil milhões de dólares
com ajuda dos doadores para criar estoques de abastecimento e outras ações no Chifre
da África. O problema é que toda a vez que a chuva não vem a situação fica cada vez
mais crítica e as maiores perdas de vida humana estão em áreas inacessíveis. Tudo
isso junto com a alta no preço dos alimentos, porque não há comida suficiente a região.
É isso que a seca representa. Não há uma colheita normal. Somando isso com os conflitos
na região e a inacessibilidade de algumas áreas, o resultado é a vulnerabilidade.
É preciso urgentemente promover ações de alcance global e local”.
O Ministro
da Agricultura francês, Bruno Le Marie, reiterou que o objetivo agora não pode ser
financeiro e sim humanitário, porém antecipou a reunião dos doadores e anunciou uma
verba extra da França para colocar em práticas os programas de urgência.
“O
principal objetivo é salvar as vdas e assim reunir os meios financeiros necessários.
A reunião nos permitiu saber a que ponto está a crise e preparar a Conferência dos
doadores, que acontecerá dentro de dois dias, em Nairobi. No que se refere à França,
eu confirmo a decisão do premier e do chanceler de duplicar a ajuda francesa atingindo
10 milhões de euros, que vão se somar a contribuição total da Europa, que chega a
100 milhões de euros.” (RB)