Falecido cardeal bielorrusso, testemunha de Cristo nos lager soviéticos
Faleceu, nesta quinta-feira de manhã, na Bielorrússia, o cardeal Kasimierz Swiatek,
arcebispo emérito de Minsk, dos Latinos. Tinha 96 anos. As exéquias terão lugar na
segunda-feira, dia 25, na catedral de Pinsk. Num telegrama enviado ao presidente
da Conferência Episcopal bielorrussa, o Santo Padre exprime as suas condolências,
evocando o “corajoso testemunho” que o defunto deu, de Cristo e da Igreja, “em tempos
particularmente difíceis”, assim como “o entusiasmo prodigalizado depois, contribuindo
para o caminho de renascimento espiritual” do seu país.
Kazimierz Swiatek
nasceu num território então sob a administração apostólica da Estónia. Ordenado sacerdote
em 1939, dois anos depois foi preso pelo KGB (serviços secretos da União Soviética),
ficando detido na cela da morte. Na confusão que se criou após a invasão alemã, fugiu
da prisão e retomou a sua atividade paroquial, mas acabou por ser de novo detido,
em 1944, e enviado para campos de concentração siberianos, até 1954.
Em 1991
foi nomeado arcebispo de Minsk, reorganizando o território eclesiástico da Bielorrússia,
após a independência do país, com especial atenção à recuperação ou reconstrução das
igrejas e à formação do clero. Em 1994 foi criado cardeal por João Paulo II em 1994
Em 2004 recebeu o Prémio “Fidei testis” (testemunha da fé).
O Colégio cardinalício
conta agora 196 elementos, 114 dos quais, com menos de 80 anos, possíveis eleitores
num eventual conclave.