2011-07-20 15:44:43

SEMINÁRIO DISCUTE VIOLÊNCIA DE GÊNERO NOS PAÍSES DO MERCOSUL


Assunção, 20 jul (RV) - Termina hoje o Seminário sobre Igualdade de Gênero que as Nações Unidas organizaram para os quatro Estados membros do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) mais o Chile (que está em fase de adesão). O objetivo dos encontros foi analisar a situação das mulheres e a violência de gênero nesses cinco países.

Intitulado “Respostas à Violência de Gênero no Cone Sul: Avanços, Desafios e Experiências Regionais” o evento tem o apoio da ONU Mulheres e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc. A capital do Paraguai, Assunção, é a cidade que hospeda o evento.

A relação entre a violência contra a mulher e o tráfico humano também foi analisado ao longo dos debates, bem como um projeto conjunto de fortalecimento das delegacias para mulheres.

Em entrevista à Rádio ONU, a representante da ONU Mulheres no evento, Verônica dos Anjos, falou sobre avanços e desafios na violência de gênero na América do Sul.

Ela ressaltou o aspecto positivo de que já está sendo feita uma mobilização para o fornecimento de um atendimento mais especializado para as mulheres que são agredidas. “Quando não há uma delegacia especializada, há uma equipe designada especialmente para esses casos”, disse ela.

O site da ONU Mulheres para o Brasil traz dados e estatísticas que mostram a enorme dimensão do fenômeno. Vamos a alguns deles:

Segundo pesquisa realizada em 54 países, com 138 mil mulheres, O Brasil é o país que mais sofre com a violência doméstica, segundo pesquisa da Sociedade Mundial de Vitimologia; no Brasil, a cada 7 segundos, uma mulher é agredida em seu próprio lar (Fundação Perseu Abramo); a violência doméstica é a principal causa de morte e deficiência entre mulheres de 16 a 44 anos e mata mais do que câncer e acidentes de tráfego (www.violenciamulher.org.br);

E não para por aí: 30% das mulheres brasileiras com mais de 15 anos já sofreram violência extrema (UNIFEM 2007); entre 25% e 50% das sobreviventes são infectadas por DST (doenças sexualmente transmissíveis); 70% dos incidentes acontecem dentro de casa, sendo que o agressor é o próprio marido ou companheiro.

A lista é enorme e muito preocupante. Quem quiser mais informações pode consultar o site da ONU Mulheres no Brasil dirigindo-se para a Campanha Bem Querer Mulher (campanha de não-violência contra a mulher). (ED)








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