RIO DE JANEIRO: COMUNICAÇÃO COMO PROCESSO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
Rio
de Janeiro, 20 jul (RV) – Prosseguem os trabalhos do 7º Mutirão Brasileiro de
Comunicação, que se realiza na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC – Rio). O tema sobre o qual mais de 800 comunicadores dedicam sua reflexão e
aprofundamento è “Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidades”.
Os trabalhos
desta quarta-feira se centralizam sobre o tema “Comunicação como processo de valorização
da vida”, a comunicação como centro da vida humana. Temos a presença nos vários painéis
conferencistas, entre os quais o Reitor da Pontifíca Universidade Católica do Rio
de Janeiro, Padre Josafá Carlos de Siqueira e a professora do Departamento de Teologia
da PUC-Rio, Maria Clara Bingemer. Temos ainda no dia de hoje a exibição do filme Serras
da desordem, de Andrea Tonacci, Prêmio Margarida de Prata da CNBB de 2008.
Na
manhã de ontem um dos dos integrantes do painel “Documentário, vida cotidiana e ficção”
foi o jornalista Marcelo Canellas, da Rede Globo, que na sua exposição disse que o
jornalismo e a ficção são dois mundos diferentes “porque tratam a realidade de modo
diferente”. Para definir o jornalismo, ele recorreu a Adelmo Genro Filho. “Jornalismo
é uma forma especifica de conhecimento da realidade objetiva”, disse. Baseado no mesmo
autor, fez a distinção entre ciência, arte e jornalismo. Para ele, ciência é forma
de conhecimento cristalizada no universal; a arte, no particular e jornalismo no singular.
Canellas apresentou ainda uma reportagem sobre a fome feita por ele há dez
anos para o Jornal Nacional, da Rede Globo. Contou todo o processo desde a aprovação
da pauta até a produção da matéria. Um dos personagens da matéria morreu 15 dias depois
de veiculada a notícia. Segundo testemunhou, Canellas aprendeu com a matéria que jornalismo
não tem poder de mudar a realidade. Nós conversamos com Marcelo Canellas. (Marcelo)
Já
o diretor acadêmico do Muticom, professor Miguel Pereira, substituiu o cineasta Cacá
Diegues, esperado para o painel e que teve sua ausência justificada. Ele destacou
a importância de cada pessoa no processo de comunicação. “Cada ação nossa não é inútil
para o outro; ela tem sentido para o mundo e isso é importante para começar a pensar
no processo da comunicação e pensar o que é realidade e o que é ficção”, disse.
Para
o professor a comunicação de cada um deve ser para fora e as pessoas devem ser sempre
aprendizes. “A atitude correta nossa é de sermos aprendizes eternos. Temos que recriar
e reencantar o mundo com nossa mensagem”. Eis o que nos disse o Prof. Miguel Pereira.
(Prof. Miguel)
Ainda no painel “Documentário, ficção e vida cotidiana”, a professora
da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), pesquisadora e doutora em educação visual,
Moira Toledo afirmou que “a percepção da sociedade é que os jovens devam ser educados
para a mídia, pois os jovens são catalisadores da mudança social brasileira. Se utilizarmos
a educação audiovisual para melhorar a educação do país, teremos uma sociedade melhor,
mais crítica e voltada ao social”. Moira falou sobre a qualidade de ensino com a utilização
de recursos audiovisuais e a mudança de comportamento das crianças que se utilizam
desse artifício.
Ainda na tarde de segunda-feira tivemos a apresenteação da
mídia católica brasileira. De fato diretores e representantes de rádios, TVs e meios
de comunicação de inspiração católica do Brasil, Portugall e Vaticano deram a sua
contribuição falando do papel e dos desafios desses meios na evangelização de hoje.
Nós pudemos contar um pouco da trajetória da Rádio Vaticano ao longo dos seus 80 anos
e dos 53 anos de Programa Brasileiro.
Os mais de 800 participantes do Muticom
estão seguindo todas as tardes oficinas técnicas e trabalhos em grupos: entre os tems
de hoje estão Rádio Comunitária, Comunicação eletrônica, e locução e voz. As atividades
de hoje se concluem com a entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB.
Do Rio
de Janeiro, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.