EUA: IGREJA COMPROMETIDA NA DEFESA DOS MAIS VULNERÁVEIS
Washington, 18 jul (RV) – A Igreja nos Estados Unidos prossegue seus esforços
a fim de que as medidas do governo para abater a dívida pública não prejudiquem as
faixas sociais mais pobres e vulneráveis da população.
Neste sentido, líderes
religiosos e leigos escreveram um apelo e o enviaram ao Presidente Obama e ao Congresso.
Na carta, expressam sua preocupação de que um eventual compromisso entre Barak Obama
e os Republicanos “sacrifique os pobres no altar da redução da dívida: tal redução
seria uma grave falta política e um fracasso moral”. “A situação atual – continua
o texto – é fruto de cortes insustentáveis nos impostos, de despesas para o financiamento
de duas guerras e da crise financeira”.
“Seria gravemente imoral descarregar
o peso da dívida nas costas da classe média e dos pobres, lesando programas de assistência
de saúde pública” – conclui a carta.
Numa iniciativa semelhante, 5 mil religiosos
do Círculo de Proteção, grupo ecumênico que combate cortes em programas e planos anti-pobreza,
enviaram uma carta ao Congresso.
O texto recorda que as Congregações religiosas
que administram obras de caridade não podem financiar sozinhas a assistência aos pobres
no país e que seus programas de ajuda alimentar cobrem apenas 6% do necessário, sendo
94% por conta do governo.
Também a Conferência Episcopal dos EUA se pronunciou
várias vezes nos últimos meses contra os cortes nas ajudas aos pobres, recordando
o dever moral de tutelar os mais frágeis nos momentos de maior dificuldade. (CM)