2011-07-18 19:55:19

DOM BERTIN: RESPONDER IMEDIATAMENTE AO APELO DO PAPA EM FAVOR DAS POPULAÇÕES DO CHIFRE DA ÁFRICA


Cidade do Vaticano, 18 jul (RV) - Mais de 12 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome em vários países do Leste da África. Entre essas, as crianças com menos de cinco anos são as mais vulneráveis. A Igreja está na linha de frente e a rede Caritas colocou à disposição uma primeira ajuda de 300 mil euros.

A comunidade internacional deve agir velozmente para evitar uma catástrofe humanitária: o apelo do Papa no Angelus, neste domingo, em favor das populações do Chifre da África e, em particular, da Somália, atingidas por "uma gravíssima seca", deve encontrar uma resposta adequada e imediata.

É o que ressalta o Administrador Apostólico de Mogadíscio e Bispo de Djibuti, Dom Giorgio Bertin, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Dom Giorgio Bertin:- "Sem dúvida, agradeço muito ao Santo Padre por esse apelo, mesmo porque encoraja a comunidade internacional a intervir. Também no passado o Papa lançou apelos em favor da Somália. Recordo-me de que alguns representantes somalis me haviam escrito também uma carta a ser apresentada ao Santo Padre para agradecer-lhe por ter atraído a atenção internacional para o problema somali."

RV: Um apelo que, porém, deve ter respostas imediatas. É preciso agir rapidamente, porque a situação é cada vez mais dramática...

Dom Giorgio Bertin:- "É preciso agir logo: trata-se de alocar fundos, adquirir víveres e transportar tendas. Para tal será necessário um pouco de tempo e, enquanto isso, sobretudo as crianças com menos de cinco anos, infelizmente, morrerão."

RV: "A ONU fala da pior seca dos últimos 60 anos. Porém, o povo da Somália e de todo o chamado Chifre da África sempre conviveu com a seca. O que agrava essa crise de agora?

Dom Giorgio Bertin:- "No caso da Somália a seca é particularmente grave porque se acrescenta à situação de insegurança, de conflito e de ausência do Estado nestes últimos 20 anos. Já no passado algumas organizações humanitárias tiveram que abandonar o país, outras foram até mesmo expulsas, porque se dizia que na agenda delas havia outras intenções. Gostaria que diante do problema humanitário esse aspecto da insegurança e as tentativas de restaurar o Estado neste momento não passassem em segundo plano." (RL)







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