BENTO XVI FAZ APELO PELA POPULAÇÃO QUE ENFRENTA A FORTE SECA NO CHIFRE DA ÁFRICA
Cidade do Vaticano, 17 jul (RV) - Bento XVI lançou hoje um apelo de solidariedade
internacional para com as populações que enfrentam a situação de extrema seca no Chifre
da África, especialmente na Somália. Da residência pontifícia de verão de Castel Gandolfo,
onde passa todo o mês de julho, após conduzir a oração mariana do Angelus deste domingo,
o Santo Padre pediu que a maior ajuda possível seja enviada com urgência. O Papa lembrou
que entre as vítimas desse fenômeno, estão muitas crianças.
E dirigindo-se
a todos os fiéis e peregrinos ali presentes, provenientes de diversas partes do mundo,
e também a todos que o seguiam, o Pontífice falou ainda sobre as parábolas do Evangelho.
Iniciou explicando que elas são “breves narrativas que Jesus utiliza para
anunciar os mistérios do Reino dos Céus. Utilizando imagens e situações da vida cotidiana,
o Senhor ‘quer indicar-nos o verdadeiro fundamento de todas as coisas. Ele nos mostra
(...) o Deus que age, que entra na nossa vida e nos quer segurar pela mão’ (Jesus
de Nazaré. I, Milano, 2007, 229)”.
“Onde Deus não está, nada pode ser bom”,
disse o Santo Padre, que, em seguida, falou sobre o Evangelho deste domingo, cujo
tema – ressaltou -, “é exatamente este do Reino dos Céus”. Prosseguiu explicando que
“Jesus compara o Reino dos Céus a um campo de trigo, para fazer-nos compreender que,
dentro de nós, foi semeado algo de pequeno e escondido, que todavia possui uma força
vital que não se pode suprimir”.
Continuou reforçando que “apesar de todos
os obstáculos, o germe se desenvolverá e o fruto amadurecerá. Esse fruto será bom
somente se o terreno da vida for cultivado segundo a Vontade Divina”.
Bento
XVI desenvolveu o significado da parábola do joio e do trigo (Mateus 13, 24-30), narrando
a passagem na qual “Jesus nos adverte que, depois da semeadura feita pelo patrão,
enquanto todos dormiam, interveio o seu inimigo, que semeou o joio”. “Isso significa
– alertou o Papa - que devemos estar prontos para proteger a graça recebida no dia
do Batismo, continuando a alimentar a fé no Senhor, que impede o mal de firmar suas
raízes.”
Citou então o Livro da Sabedoria – de onde é extraída hoje a Primeira
Leitura – que evidencia a dimensão do Ser Divino, destacando, em seguida, o Salmo
85 que a confirma: “sois bom, Senhor, e perdão, sois pleno de misericórdia com quem
te invoca” (v.5).
“Se somos filhos de um Pai tão grande e bom – disse por
fim Bento XVI -, tentemos nos assemelhar a Ele!”.
Após conduzir a oração mariana
do Angelus, diante de fiéis animados que aplaudiram e cantaram, Bento XVI saudou a
todos em diversas línguas e concedeu a sua benção apostólica. (ED)