2011-07-17 13:04:47

2010 FOI O PIOR ANO PARA A COMUNIDADE CRISTÃ NO IRAQUE


Bagdá, 17 jul (RV) – 2010 foi o pior ano para a comunidade cristã no Iraque. A informação é da Organização Hammurabi, voltada para a proteção dos direitos humanos no país.

Muitos cristãos foram obrigados a deixar o país por temerem violências e até mesmo assassinatos. O balanço das vítimas fatais dos últimos sete anos, segundo a Organização, passa de 822 pessoas. Dessas, 629 foram mortas simplesmente por serem cristãos. Outros 126 foram envolvidos em atentados de diversos tipos, outros ainda foram vítimas de operações militares das forças armadas dos Estados Unidos e do próprio Iraque. Do montante total, 13% são mulheres.

Entre as vítimas cristãs de 2010, 33 são crianças, 25 idosos e 14 religiosos. Somente nesse mesmo ano, Hammurabi registrou 92 casos de cristãos mortos e 47 feridos – 68 em Bagdá, 23 em Mosul e um em Erbil.

Segundo o Diretor dessa Organização, William Warda, pesquisas e monitoramentos constantes mostram que todas as Igrejas Cristãs no Iraque – caldeus, assírios, siríacos – sofreram perdas no número de fiéis. A maior perda concentra-se em Bagdá e Mosul, onde vive a maior parte dos cristãos.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Criança e o Adolescente, UNICEF, entre 2008 e 2010, no Iraque, mais de 900 crianças foram mortas e mais de 3 mil e 200 feridas. As crianças representam 8% das vítimas de atentados no país, onde cresce o número de ataques a escolas e educadores.

Apesar da violência, a comunidade cristã segue dando fortes sinais de vitalidade. No dia 4 de julho, por exemplo, o chefe da comunidade caldeia, o Patriarca Emmanuel Delly III, visitou a máxima autoridade religiosa xiita iraquiana, Ali al Sistani, ressaltando ter-se tratado de uma visita “fraterna, para incentivar a unidade do Iraque e dos iraquianos cristãos e muçulmanos”.

Ainda, na semana passada, em Kirkuk, ao norte de Bagdá, foi inaugurada a primeira igreja construída depois das invasões americanas de 2003, sobre um terreno doado pelo governo iraquiano, com a contribuição do Presidente Jalal Talabani, e financiada pelas ofertas dos fiéis. (ED)








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